sábado, 3 de março de 2018


Brasil! Uma Nação ou uma brincadeira?
Reitero o que já registrei em crônicas anteriores e, já há alguns anos: vamos brincar de país ou vamos ser arrêmedo de nação ou uma marionete manobrada pelas mãos da crônica irresponsabilidade e cordinhas da constante inconsequência?
Hoje, ante a realidade de fatos que se desenrolam no Brasil, ora ali ou acolá e por que não até aqui, não há como duvidar de que ainda não adquirimos a real noção do que é ser uma sociedade adulta e, o que é pior, não é possível vislumbrar a médio prazo quando isso dar-se-á ou pelo menos inciar-se-á a devida mudança.
Podemos sim, afiançar que, nos últimos anos, evoluímos melhor e quantitativamente no quesito ou aspecto da corrupção, malversação do erário de de maneira diferenciada, abrangente e dissiminada no tópico criminalidade urbana principalmente e, em especial no latrocínio e, por via de consequência, nos itens referentes aos interesses do cidadão, involuimos e muito.
Mas para todo resultado, há uma ou mais receitas e, entre nós da para concluir serem várias e, de ante mão, não se consegue pinçar nos meios de tanta dificuldades, qualquer movimentação que possa redundar numa melhora, se não vejamos: há dias o noticiário nacional repete e ecoa a fratura no pé do atleta Neymar e, um brasileiro espirituoso, aproveita o fato para perguntar: em virtude da cirurgia no jogador será feriado nacional? Pertinente, digo eu, em virtude de tema insignificante ocupar a mente de tantos, quando milhões estão deitados no chão de hospitais Brasil afora, e, para tornar tudo mais esquisito, é noticiado que uma ala inteira do hospital foi isolada em função do procedimento.
Não obstante, essa preocupação da massa, sucessivas tragédias, não naturais, como o clima que no momento massacra a Europa mas, as provocadas pela irresponsabilidade de brasileiros, como foi o caso de Mariana em Minas Gerais e que, os anos se sucederam, o jogo de empurra e as saídas pela tangente repetiram-se e, no resumo da ópera da lama e da malandragem para gastar o tempo, o cidadão é no fim o sacrificado e, em alguns casos com seu óbito.
Agora, por aqui, mas precisamente na região do municipio de Barcarena, sobre a qual a imprensa publica que há 35 vezes mais alumínio na água do município que o permitido, e particularmente na comunidade de Vila Nova, tudo em função de armazenamento de rejeitos em virtude das atividades da Hydro Alunorte.
A contaminação por esses rejeitos químicos, oriundos da empresa acima referida, surgem em áreas daquele município, com referencia a chumbo, é dito também que houve transbordamento nas duas bacias que recebem os rejeitos químicos da empresa, a DRS1 e DRS2, das quais é proveniente o que afetou as localidades ao redor do Rio Mucuripi.
Há indícios, também segundo a imprensa, que o problema é maior do que até aqui é dito. E informa ainda que a solução descontaminar, requer como ítem também o afastamento da população do uso da água local.
Os meios de comunicação mostraram autoridades politicas, entregando galões com 20 litros de água mineral ao povo atingido. E de imediato, vem o questionamento: com a saída da imprensa do local, quantas vezes mais, essa providencia foi tomada? E logo mais, será que a sociedade não  vai ser informada de superfaturamento na aquisição dessa água, com a desculpa de ser emergencial e por isso ser dispensada licitação ou tomada de preços ou o que o valha?
Como se constata mais outra vez, chega-se a situação do consertar ou remediar, quando o preferível, prudente e melhor para o povo e não prejudicial ao meio e a todos, seria  e é a prevenção, posto que no final o humilde cidadão e o meio ambiente em que vive, é que serão prejudicados e seriamente e, não se diga que é imaginação, pois Mariana está aí como prova  dantesca e pronta e não tem nada de ficção.
No momento o poder público, principalmente o poder legislativo do Estado já nos faz ouvir o embate entre situação e oposição, sem esquecermos que estamos em ano eleitoral e que, o fator responsabilidade que cabe ao governador deste Estado, quanto aos prejuízos e danos que se abateram sobre aquela gente simples, e também ao meio ambiente, percebe-se que a representação popular busca logo o caminho de CPI, as quais, já são notórias por não dar em nada, não passam de palanque eleitoral, gasto inútil, pois no fim em nada de bom e positivo ao cidadão resultará e, no decorrer da mesma a blindagem do ato e do agente irresponsável é no que redundará.
Mas, ainda assim será por muitos séculos, pois o povo brasileiro gosta mesmo é de corrupto, de representante que esteja na mídia como mal feitor, pois se isso não fosse real, não haveria nos parlamentos brasileiros tantos arrolados em processos judiciais por cometimento dos mais variados crimes.
E assim só nos resta perguntar: somos uma Nação séria ou um País de total e irresponsável brincadeira?
Lúcio Reis
Belém do Pará – Brasil em 03/03/2018.   



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