Belém, Pa, em 20 de
Março de 2014.
Quando um responsável
pela formação e educação de algum ente querido constata que, as sementes que lançou
no terreno do bom caráter, da útil e decente cidadania com moral e em consonância
com os legais princípios sociais, frutificaram de maneira adversa e contra
todas as expectativas, só resta, apesar de tudo, mesmo com a consciência do
dever cumprido, concluir que houve fracasso.
É um entendimento conclusivo
de se autocastigar pelo proceder indigno e que, para o qual em nada aquele responsável
empregou o seu concurso? Não se sabe responder e quem sabe, para auto satisfação
responsável, o seu eu opte pela conclusão do fracassado e até mesmo, por uma questão de não se furtar a responsabilidade.
O
mais doído e gravemente doloroso é o perceber após alguns anos que, aquele ente
que se entendia ser exatamente o consequente resultado do semeado, descobre-se
- pois até então encoberto sob o manto da desfaçatez e da traição e que nos
bastidores os atos imorais são praticados sorrateiramente -, que jamais existiu
e no momento dessa descoberta tem a convicção de que houve o óbito sem a
extrema unção e portanto o último suspiro de uma fictícia vida.
É como que as aulas
ministradas tenham sido escritas num quadro negro, numa lousa com fundo falso e
o giz branco registrava mas, imediatamente apagava-se e nem houve tempo para
tudo assimilar e compreender a relevância do que lhe fora passado.
Pais perdem filhos,
netos e netas, das mais variadas modalidades ou pelas mais diversas razões,
como para o tráfico ou uso de drogas, num acidente estúpido no trânsito e até
mesmo pela indução e convencimento sujo, irracional de uma mentira bem
elaborada com sutilezas repetidas tantas vezes que tomam a forma e a força
de uma verdade e assim, funcionam e atuam como eficiente lavagem cerebral e
capaz de promover radical metamorforse num ser dócil, meigo, num outro
arrogante, petulante, presunçoso e que, mesmo a despeito da pouca vivência no
mundo, por ter sido transformada em outra criatura, esquece tudo e todos os atos
e gestos de carinho, atenção, doação e colocam-se então, o completo uniforme da
ingratidão e, a máscara da estupidez e nesta a face a gerar pena, dó.
O que pode ser observado pelo olhar sobre
o horizonte e nariz empinado para não sentir o odor fétido de uma ou de sua arrogância que,
a quem tem experiência de vida, apenas ver e enxerga um ser a ser digno de
piedade.
É como também, num
processo inverso, a borboleta sofresse a transformação pelo banho diário sob a
ducha da invenção de situações e histórias mentirosas e não voltasse para o
estágio de crisálida e sim para uma serpente raivosa e rancorosa. E nesse feito
o criador da víbora é mais nocivo do que a criatura.
O mais triste é que não
há receita que de imediato seja capaz de reverter os efeitos maléficos, pois
rejeitar, recusar carinho de mãe, por mais que em algum momento está tenha
cometido algum senão é mais cruel que o deslize cometido, se cometido, é o
esnobar e se portar como iceberg ante o expansivo e público carinho de uma avó,
é o mesmo que atravessar o frágil coração da dupla mãe por gélido punhal da
ingratidão em uma face e de desamor, originados de uma mentirosa e covarde
inversão de situação por ato cafajeste e na outra face o rápido olvidar de
todos os gestos e atos de carinhos inconteste, sinceros e recebidos dos corações que
efetivamente lhe amam.
Interrogações e mais
interrogações, é o que fica e a exemplo de todas as histórias da vida real e
retratadas em folhetins, um dia no futuro a própria vida mostrará o epilogo da
ópera da ingratidão e então, como só restará a tardia e inócua lágrima do
arrependimento atrasado e que nada mais poderá reverter.
A gélida reação a um espontâneo, sincero e
carinhoso abraçar, tal qual uma estátua de mármore, é a mais cruel reação a um
gesto de amar! Pois encerra inconcebível desprezo, logo, sem igual nas relações
dos sentimentos!
Lúcio Reis

Bem colocado seu lucio. Parabens. Quero tb deixar aqui um comentario que achei muito legal de um escritor americano que diz: .."Então você acha que você é um fracasso, não é? Bem, provavelmente você esteja certo. O que há de errado com isso? Em primeiro lugar, você deve ter algum senso de tudo o que você deve ter aprendido, e que pagamos tão caro por nossos triunfos como por nossas derrotas. Vá em frente e falhe. Mas com inteligência, com graça, falhe com estilo. A falha é tão medíocre e insuportável como um sucesso medíocre. Abrace a falha! Procure-a. Aprenda a amá-la. Isso pode ser a única maneira de sermos
ResponderExcluirlivres" Um grande aabraço Daisy