sábado, 5 de julho de 2014


Guerra no gramado

 Não sobra menor dúvida para o ser humano que emprega o mínimo de seu discernimento, em concluir que, um dos atos mais absurdos, insanos e até mesmo irracional é o ato de guerrear.

Não resta nenhuma falta de conclusão que ninguém, a rigor, colhe algo de produtivo numa guerra, a não ser que seja mente sádica e portanto doente. E a história universal, conta e romprova essa assertiva.

O futebol, sabemos é um dos esportes que envolve o ser humano e suas emoções, independente da nacionalidade e, até mesmo a condição socio economica financeira e até mesmo, quando não se trata de futebol profissional, sendo que uns e maior e outros em menor intensidade e hoje, principalmente quando as fronteiras não são nenhum obstáculo ou impedimento, a que um atleta com certidão de nascimento de um determinado país, seja atleta em outro país, pois o futebol se transformou num vultuoso e milionário negocio e, isso é verdade inarredável que as cifras a envolverem as negociações dos passes dos atletas, são estratosféricas. E ressalve-se, não ser exclusividade do futebol de campo.

Feitas as considerações do preâmbulo e tendo em vista a absurda, desleal e estúpida agressão de que foi vitima o jovem atleta Neymar do selecionado brasileiro, deixa a lição de que o ser racional qualificado como Homo sapiens, por atos dessa magnitude do atleta Zuñiga que, não obstante a deslealdade, foi covarde agressão, posto que efetuado pela costa, mostra e comprova que em muitos casos somos e agimos pior que o feroz animal irracional.

Segundo os médicos e a imprensa, logo mais o jovem atacante brasileiro retorna as suas atividades mas, há que se fazer uma observação procedente: e se a gravidade e extensão da fratura fosse mais ampla? A carreira profissional dele estaria encerrada praticamente no nascedouro, pois mal principiou. E o que ganharia dessa guerra, o atleta da Colombia? Ao meu entendimento, respondo: nada, absolutamente nada! Pois o atleta, hoje jogando em equipe em Barcelona, logo, profissional tanto quanto o colombiano, não retira deste a oportunidade de atuar e logo, não é ameaça a sua posição no futebol mundial.

Diz-se que no calor do embate dentro das quatro linhas, o ser se transforma. É compreensível mas, não aceitável, afinal as equipes não tem o quadro de psicólogos e ou profissionais a tratar do emocional? Afinal como é sabido o volume de dinheiro que envolve a atividade, não é de tostão!

Sabe-se por outro lado que o esporte é motivo de congraçamento e festa entre povos, independente de ser uma olimpíada. Logo, como entender que o adversário seja visto, tido e tratado como inimigo?

Sabe-se mais ainda e porque a imprensa noticia é que, por detras e nos bastidores da atividade, ha máfias de todas as modalidades e cujo fim é apenas o lucro rápido e fácil, pelo ágio e que, alcançam valores tão absurdos quanto o ato do atleta Zuñiga em campo.

Mas o fato mostra que sempre o ser humano está a protagonizar comportamentos que só levam ao sentimento do lamento!

Lúcio Reis



 

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