Guerra no gramado
Não resta nenhuma falta de conclusão que ninguém, a rigor,
colhe algo de produtivo numa guerra, a não ser que seja mente sádica e portanto
doente. E a história universal, conta e romprova essa assertiva.
O futebol, sabemos é um dos esportes que envolve o ser humano
e suas emoções, independente da nacionalidade e, até mesmo a condição socio economica financeira e até mesmo, quando não se trata de futebol profissional, sendo que uns e maior e outros
em menor intensidade e hoje, principalmente quando as fronteiras não são nenhum
obstáculo ou impedimento, a que um atleta com certidão de nascimento de um
determinado país, seja atleta em outro país, pois o futebol se transformou num
vultuoso e milionário negocio e, isso é verdade inarredável que as cifras a
envolverem as negociações dos passes dos atletas, são estratosféricas. E
ressalve-se, não ser exclusividade do futebol de campo.
Feitas as considerações do preâmbulo e tendo em vista a
absurda, desleal e estúpida agressão de que foi vitima o jovem atleta Neymar do
selecionado brasileiro, deixa a lição de que o ser racional qualificado como
Homo sapiens, por atos dessa magnitude do atleta Zuñiga que, não obstante a
deslealdade, foi covarde agressão, posto que efetuado pela costa, mostra e comprova
que em muitos casos somos e agimos pior que o feroz animal irracional.
Segundo os médicos e a imprensa, logo mais o jovem atacante
brasileiro retorna as suas atividades mas, há que se fazer uma observação
procedente: e se a gravidade e extensão da fratura fosse mais ampla? A carreira
profissional dele estaria encerrada praticamente no nascedouro, pois mal
principiou. E o que ganharia dessa guerra, o atleta da Colombia? Ao meu
entendimento, respondo: nada, absolutamente nada! Pois o atleta, hoje jogando
em equipe em Barcelona, logo, profissional tanto quanto o colombiano, não
retira deste a oportunidade de atuar e logo, não é ameaça a sua posição no
futebol mundial.
Diz-se que no calor do embate dentro das quatro linhas, o ser
se transforma. É compreensível mas, não aceitável, afinal as equipes não tem o
quadro de psicólogos e ou profissionais a tratar do emocional? Afinal como é
sabido o volume de dinheiro que envolve a atividade, não é de tostão!
Sabe-se por outro lado que o esporte é motivo de congraçamento
e festa entre povos, independente de ser uma olimpíada. Logo, como entender que
o adversário seja visto, tido e tratado como inimigo?
Sabe-se mais ainda e porque a imprensa noticia é que, por
detras e nos bastidores da atividade, ha máfias de todas as modalidades e cujo
fim é apenas o lucro rápido e fácil, pelo ágio e que, alcançam valores tão
absurdos quanto o ato do atleta Zuñiga em campo.
Mas o fato mostra que sempre o ser humano está a protagonizar comportamentos que só
levam ao sentimento do lamento!
Lúcio Reis
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