terça-feira, 29 de abril de 2014

INOCENTE? INDIGNADO! OU INDECENTE TRAIDOR?

            O Jornal O Liberal deste 29/04/2014 em seu caderno Poder, na página política publica a imagem do ex presidente Collor e na chamada da matéria a manchete noticia: Collor Critica Barbosa e lentidão do STF e diz mais a mesma reportagem que, Absolvido, ex presidente disse que a história de sua presidência deve ser “reescrita” e complementa mais, publicando ter dito o senador por Alagoas que, demora no julgamento fez aumentar o seu “martírio”.

            Ora bolas Sr Senador e ex presidente! Em primeiro lugar o Sr não foi absolvido, como pode parecer ou ser traduzido e entendido por muitos e principalmente os menos avisados, pois sequer houve o julgamento do mérito das ações e, é como diz a mesma matéria jornalística, a demora no julgamento – lentidão judicial – levou alguns crimes à prescrição – assim como foi tentado com a Ação Penal 470, inclusive com a intervenção do Lula junto ao Min Gilmar Mendes -, portanto, toda a imputação, denunciação e aceitação do que lhe fora atribuído, não foram os votos de Sua Excia que posicionaram mas, o maior aliado da bandidagem e de réus no Brasil com conta correntes bancárias recheadas e sem  assim com alto poder econômico, é sem dúvida nenhuma é o tempo e seu voto que apenas não julga e “absolve” e assim simplesmente aplaudiu a lerdeza e os passos de cágados da justiça brasileira.

            Vá perguntar Sr Fernando Collor, a família daqueles brasileiros que perderam o pai, o qual ao chegar ao banco encontrou suas economias – poupança - bloqueadas ou aquelas famílias que negociaram sua residência, colocaram o dinheiro no banco e da noite para o dia, se viram sem o imóvel e nem o dinheiro da venda. E quantos políticos e portanto, seus pares, ficaram apenas com aqueles 50 para sobrevier? E as histórias decorrentes, envolvendo seu irmão, o PC Farias e tantas outras pessoas? Essa é a questão, o povo tem realmente memória de minhoca mas, há exceção!

            De toda a sua odisseia enquanto Presidente, pelo menos uma pessoa, há que se fazer justiça, pois caiu fora do Brasil e se apartou da podridão que é a política brasileira, que foi a Zélia Cardoso.

            Não obstante o acima, há muito a sociedade vem reclamando dessa morosidade da toga e todos sabem que o cidadão comum sem foro privilegiado num universo absurdamente grande, não aguarda julgamento em liberdade mas, trancafiado lotando o sistema prisional nacional e isso sem contar com os que já pagaram a pena e prosseguem encarcerados. E o que V Excia já fez de útil e concreto em prol desses miseráveis, na condição de detentor de um mandato eletivo e como representando de seu estado?

            Não precisa se preocupar em responder, por que a resposta sabemos: simplesmente nadaaaaaa!

            Tão logo houve o seu afastamento do planalto Sr Collor, esse ex ocupante do Planalto, recebeu do hoje também ex presidente mas pelo PT, que abriu o verbo na imprensa e lhe direcionou considerações embutidas em críticas ácidas e desabonadoras e mesmo a despeito das pedras que lhe arremessou, numa brutal incoerência e absoluta ausência de amor e respeito próprio, esse senador se liga, se alia a ele como se nada ele houvesse proferido. Aliás, é necessário ressalvar, o que não é privilégio do Collor, pois o mesmo ocorre com a família Sarney. Não esqueça quando for reescrever a história de seu mandato presidencial lançar as citações do seu amigo Luiz Inacio!

            Ante tudo o que já foi visto e o que diariamente é protagonizado, só há uma conclusão a que se chega: na composição do cidadão político nacional, é impróprio e impossível fazer parte a retidão de caráter, boa formação moral e atitudes éticas, pois o que se testemunha e inunda a imprensa diariamente é publicamente um destratar o outro e depois sorridentes brindarem a desgraça da Nação e a indigência dos menos favorecidos.

            Por isso o espírito de corpo é rasteiro e o que defendem é o nivelamento por baixo. E assim, quando o Collor pragueja contra o Ministro Joaquim Barbosa, com certeza muitos, ou melhor centenas, louvam a morosidade, pois do contrário já estariam no olho da rua em função de condenação pelos crimes cometidos e cujas ações tramitam há mais décadas e o foro privilegiado é uma mãe de grande coração.

            Ante toda essa nojeira ou sujeira toda, como é que um cidadão de bem, sério e responsável, vai poder ou poderá entender, mesmo com toda boa vontade, as declarações do ex ocupante do Planalto, Luiz Inacio Lula da Silva à Rádio e Televisão Portuguesa (RTP), afirmando que a Ação Penal 470 – mensalão – foi 80% decisão política e 20% decisão jurídica? Dá para concluir que os títulos de Doutor Honoris Causa que gentilmente lhe foram outorgados por países amigos, promoveram-lhe distúrbios patogênicos ou desarrajaram a intercomunicação em seus neurônios provocando uma diarreia de ideias, pensamentos e excreções.

            Quando é dito que para exercer cargo ou função política não é suficiente ter a obrigação de votar – sim essa história de direito de votar é conto de mil e uma noites, pois direito exerce-se ou não, enquanto obrigação quando não é realizada, vem a penalização, como é o caso do voto aqui – e assim poder ser votado e, há que ter mais algo na formação do cidadão, pois a representação política da sociedade não é tema que possa ser tratado simplesmente brindando com algumas garrafas de 51. Não é sob hipótese alguma, preconceito! É naturalmente a necessidade imperiosa de ser consequente, pois ninguém pode aceitar e admitir que um cidadão qualquer portando um bisturi realize cirurgia cardíaca ou de qualquer outro tipo em seu semelhante. É diferente? Nem tanto, pois em ambas situações vidas humanas estão em jogo.

            Acho que a reação dos ministros do STF foram mais de complacência ante o tamanho enorme da pobreza do ex metalúrgico, pois fosse um outro qualquer cidadão comum a abrir a boca e escarrar o que ele cuspiu, por certo seria chamado juridicamente a dar esclarecimentos.

            É possível concluir que os ministros optaram pelos panos quentes, principalmente, quando a covardia e a traição do “Ganso” do Romeu Tuma o “Barba”  do DOPS diz na mesma entrevista que José Dirceu, Genoino, Delubio, João Paulo e outros mais do PT apenados na ação 470: “Não se trata de gente da minha confiança”. Vamos esperar para ver se a Rose Noronha vai ser condenada e se ele fará a mesma declaração!

            Em relação a essa última declaração, apesar de serem todos ligados e bem próximos do expresidente Lulla, podemos afirmar enquanto cidadãos probos que todos os condenados do mensalão, não se trata de pessoas ou de gente da confiança da Nação Brasileira, pois comprovado juridicamente em sentença transitado em julgado serem bandidos e portanto malfeitores para o País.

            O que se tem a lamentar e muito profundamente é que o Brasil esta pessimamente servido no que se refere a representação política partidária, pois não se vê e nem percebe nenhuma virtude, so canalhice.

            E por fim, a grande questão do subconsciente social nacional é que a massa crer piamente que quem cultua os princípios morais, éticos, sociais e de honestidade e abomina e discorda do levar vantagem, enganar, tirar proveito de outrem, como o fazem os 171, por exemplo, é ser babaca e, sei disso porque já recebi essa adjetivação.

            Por isso a maioria vive penderuda no cheque especial, no cartão de crédito e no empréstimo consignado, pois vive fora de sua realidade.

Lúcio Reis
29/04/2014
Belém, Pa



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