Rachel, a Liberdade e o R$!
Apesar de que a Constituição Federal Brasileira
diz em seu Art 5º - IV: é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato; e, diz mais no inciso IX do mesmo art: é livre a expressão da atividade
intelectual, artística, cientifica e de
comunicação (grifamos), independente de censura ou licença. O que se
testemunha, porém, no caso da Rachel Sheherazade, ancora e comentarista do
jornal do SBT – grupo de comunicação Silvio Santos – foi ela ter sido retirada
do ar, em função de seu posicionamento e opinião ante o fato de um bandido ter
sido amarrado pelo povo a um poste em via pública e assim a emissora sofreu
pressão por parte de comissões parlamentares sob a ameaça da perda de de mais de
R$150 milhões em verbas publicitárias governamentais. E isso é ou não é censura?
O informe acima esta publicado em matéria no
Portal da UOL entretenimento – celebridade do Ricardo Feltrin em 05/04/14 e
portanto de conhecimento público.
A Procuradoria Geral da República procede
investigação sobre o SBT por suposta apologia ao crime. Apenas um questionamento:
quando o poder legislativo não regulamenta a Constituição, quando vota aprovando benefícios exorbitantes
e descabidos em prol de seus componentes e em detrimento da massa mais humilde
e que sequer tem uma aspirina para dor de cabeça, não seria esse proceder com
outra roupagem apologia ao crime? Por ausência de meios de cura? Pois o caixa
de onde sai o erário é o mesmo para a Nação e assim para o povo que a constitui
e forma sempre há falta.
Ora! Só não viu quem não quis que o
posicionamento da Rachel foi apoiado e ratificado por percentual considerável
da sociedade que ao final é a única vitima nas mãos da delinquência seja
juvenil ou adulta e abundante mas, apenas o cidadão comum e que não tem ao seu dispor
carros blindados, escoltas armadas, itens que são disponibilizados aos
políticos e a todos os que tem assento em cadeiras nos poderes da república e
que ao fim são custeados pelas verbas oriundas dos impostos e das taxas que o
contribuinte encaixa ao erário.
O posicionamento e a opinião da jornalista é a
mesma do cidadão de bem e trabalhador e ele disse isso nas redes sociais e que,
vê cair sobre si a maior e mais pesada carga tributária do planeta e recebe
como contra prestação a maciça informação diária de atos de corrupção,
malversação do que é de todos, praticados por parlamentares e ou apadrinhados seus para órgãos
públicos e sistemáticos desvios de verbas do erário e que refletirão na péssima
oferta de segurança pública, saúde, educação e portanto em todos os itens de
obrigação do estado e previstos na CF e assim um direito do cidadão. Por que
razão essas comissões não tomam ou buscam soluções rigorosas contra o governo
maranhense em função do presídio de Pedrinhas? Não seria esse desleixo um tipo
de apologia ao crime?
Não se admite e nem se suporta mais testemunhar
a delinquência adulta ou não sempre premiada com a impunidade e o cidadão
trabalhador tendo sua vida ceifada por ações de bandos ou quadrilhas e que
ainda recebem panos quentes de comissões de direitos humanos ou afins. Ninguem
aplaude a violência em mão única e nem em mão dupla. O que se objetiva é a
harmonia e respeito aos direitos constitucionais para todos sem distinção.
Não obstante o que é visto e a imprensa
noticia, o que esses mesmos congressistas já fizeram de pratico e com o
objetivo de reverter a situação? Ou eles só são representantes da delinquência?
E, como sempre eles estão a defender o errado e só tem em mente se manter no
poder, deduz-se que a maioria do eleitorado, matematicamente falando é e está a margem da lei e
assim atuam e funcionam como curral eleitoral em prol dos candidatos às suas eleições e reeleições.
E o que mais impressiona no cabeçalho da nota é
que ao ser dito haver a possibilidade de perda de mais de R$150 milhões de
verbas publicitárias governamentais, da-nos a concluir que a liberdade de expressão existe na
letra do artigo da constituição mas, na realidade e na prática ela é paga e por
todos nós.
Ninguem em sã consciência seria levado a
prática da violência pela opinião da Rachel. A sociedade se vê coagida, encurralada e é agredida a
todo instante e naturalmente reage, posto que a toda e qualquer agressão
corresponde a uma reação de igual ou maior intensidade.
O poder público com esse gesto cremos, cria
mais descrédito e tenta transferir sua irresponsabilidade para a Rachel, usando como "bode expiatório" posto
que, como já sabido, ele foi apoiada pela sociedade.
Lúcio Reis
Belém do Pará
06/04/14
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