quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Dois Tiros Políticos

No jogo e tiroteio da política
Registre-se na senda nacional
Onde vale mais a destrutiva crítica
Do que projeteis racionais
Disparos inconseqüentes são perpetrados
Venenosos dardos são soprados
O que não falta são aloprados
Flexas ferinas, letais voam muito rápidas
Jogando no chão reputações, nomes destruindo
Num vale tudo, pelo o que vale nada
A democracia da situação
No poder, o afã da permanência continuada
Elimina, pisoteia a receita da alternância
Em projetos pessoais com arrogância
Transformando o povo em mero detalhe
Como se fora simples peça de entalhe
Inserida na Constituição
Direitos e prerrogativas do cidadão
São tratadas com a vil intenção
De ser desrespeitada e jamais a lei cumprida
Mas o primeiro disparo saiu pela culatra
A ascenção do par político incomodou
Suas posições inquietou
Planejamentos eternos desmontou
A situação deixou de ser fácil como se pensou
E então o mineiro despontou
Pulou na marcação e encostou
O que já era vitória certa, azarou
Fazer o V da glória azedou
Mudou todo o cenário, o 2º turnou apontou
E então a sociedade despertou
Quer mudanças e não aceita o desprezo
Pelos valores morais e o avanço da corrupção com todo peso
E assim no 26 de outubro o segundo tiro disparou
E desta feita pela culatra não retornou
Certeiro da urna partiu
E acertou em cheio o mau brasileiro
Que só faz política pensando em dinheiro
Lúcio Reis

22/10/14

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