Indonesia, a pena capital e a crakolandia
Vivemos de uma maneira especial, momentos intrigantes e para algumas pessoas angustiantes, posto que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, conta os segundos para ser executado – a não ser que haja alguma mudança de rota – por ter entrado na Indonésia e sido apanhado em 2003 com 13 kg de cocaína escondidos dentro dos tubos de uma asa delta e que, foi descoberto ao passar pelo aparelho de raio x, no aeroporto internacional de Jacarta.
Não tenho a pretensão de me ater nas tratativas entre os governos de nosso País com o atual presidente daquele país Joko Widodo mas sim, no comportamento dos dois brasileiros traficantes, posto que, além do Marco Archer, também lá está preso e no corredor da pena capital, o surfista Rodrigo Gularte, preso um ano depois (2004), também na Indonésia com 12 pacotes de cocaína, escondidos em 8 pranchas e, por conseguinte as consequências dos dois atos, caso aqui nossas leis fossem cumpridas como deveriam ser.
E de que consequências fazemos referência ou relação? A de que, quando a impunidade não prevalece, cessa ou o crime é reduzido substancialmente e essa realidade está caracterizada, posto que estamos em 2015 e podemos, a principio, afirmar que, há mais de 11 anos nenhum outro traficante brasileiro se arriscou em levar droga para aquele País.
Todos nós brasileiros condenamos o altíssimo índice de violência que permeia as 24 horas de nossa meio social e, impera no Brasil e ainda, todos sabemos também que, um dos fatores preponderantes para essa dantesca realidade é o tráfico de droga adotar o jovem, independente do sexo, ao seu serviço e lhe destruir a vida condenando-o a morte prematura por overdose ou no embate com a segurança pública.
Todos nós brasileiros olhamos com o ver e enxergar impotente e, no fundo com o sentimento de condenação ao fornecedor e traficante da droga, quando os veículos de comunicação nos mostram as crakolandias existentes por aí e nas quais, as pessoas se portam como zumbis, sem nenhum amor próprio e muito menos algum respeito a suas vidas, pelo efeito e domínio da droga e, produzindo enorme sofrimento à suas famílias ou amigos.
Não é raro que, em função das consequências perniciosas e altamente destrutivas das drogas, no fundo não tenhamos, por um sentimento cristão, mesmo que leve, esperado enérgica reação ou ação preventiva e principalmente coercitiva e punitiva das autoridades do estado.
Não é incomum, a sociedade brasileira concluir que, se a nossa situação em relação a droga chegou a onde chegamos é porque, há um “biombo" a proteger os verdadeiros donos do pó e que, a principio usam colarinho branco. E assim, seus testas de ferro é que, quando apanhados são algemados e logo depois portando um HC saem pela porta da frente das delegacias e a desgraça não tem fim.
O que se pode observar, de acordo com o que diz a reportagem é que, os traficantes presos na Indonesia, não superlotam presídios de lá e, não há nada de anormal, pois o atual presidente em palanque, usou como uma de suas bandeiras de campanha não ter clemência e nem complacência com o narco-traficante e desta feita, apenas está sendo coerente e cumprindo o que prometeu e assim tem o apoio de sua sociedade.
Estranhamos é verdade, porquê por aqui o normal é o descumprir o prometido e, portanto o enganar e trair o povo é que é o natural. É so observar a situação da saúde pública em Brasilia e em função da irresponsável administração do governador petista Agnelo Queiroz.
O que chamou atenção também, foi, ao meu entender, o posicionamento do Sr Marco Aurelio Garcia, falando em rede de emissoras à nossa Nação que, o não atendimento do pedido de clemência, pleitos emanados do governo brasileiro, trariam consequentes retaliações aquele País.
Ora Sr Marco Aurelio, a Indonesia é um País que tem sua Constituição, suas leis, sua soberania e independência em relação ao Brasil e, não é obrigada a ceder ou aquiescer a alguma solicitação do nosso governo. Aliás, é bom que não esqueçamos que o Brasil não atendeu as solicitações da Italia e aqui manteve o Cesare Batisti.
A lição portanto, é que, se relaxassem com os dois traficantes apanhados, outros brasileiros já teriam ido para lá e na Indonesia implantado filhias ou sucursais das cracolandias brasileiras.
Lúcio Reis
16/01/15
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