Zona do
Meretricio sob câmeras
As
mudanças nos comportamentos e costumes de uma sociedade e, com a brasileira
também e, sem dúvida no mundo, são gritantes e algumas, chegam ao olhar e
analise de um leigo e portanto, ignorante, por demais intrigantes.
Para
tentar evidenciar onde está essa estranha mudança, há que se voltar um pouco
nas décadas, e no aspecto sexual, alcançar ali pelos anos de 1950 a 60 e quem
sabe até um pouquinho mais.
Sexo
livre sem camisinha nas décadas referidas, naturalmente, apesar ainda do tabu
mas, lógico pago pelo pretendente (usuário ou cliente), sendo que este, sempre
era o macho e, todos sabiam onde encontra-lo, pois em toda e qualquer cidade,
mesmo a mais humilde, havia uma zona do meretrício, ou seja, onde as prostitutas
ou, também ditas, as mulheres da difícil vida fácil, se concentravam e ali
ofereciam seu corpo para o sexo em troca de paga pecuniária.
Hoje
essa atividade ainda existe e como é mostrado pela mídia, elas se concentram em
alguma parte de uma via pública e nesta elas fazem suas ofertas, trajando-se de maneira
que expõem seu corpo como que se numa vitrine mas, com alguma diferença de como
lá atrás no tempo, quando se concentravam em ruas com imóveis específicos para prostituição.
Aqui em
nossa capital, o quadrilátero formado pelas ruas Riachuelo, General Gurjão,
Primeiro de Março e Padre Prudêncio, foi o point da orgia, da prostituição e lá
a atividade ou a profissão mais antiga da humanidade, era exercida 24 horas de carnaval a carnaval e, toda a área se resumia numa só palavra, zona, para qual convergiam o rico e pobre, independente do credo, cor ou qualquer outra diferenciação.
Mesmo
sendo um ato livre e que, o requisito era o sujeito pagar e entre quatro
paredes realizado e assim, ele era o único responsável pela contra prestação da
relação, ou como se fora por sua dama ou companhia, um serviço prestado por
poucas horas que desfrutara e publicamente não havia a divulgação.
Chegamos
aos anos mais recentes e mais precisamente a 2015 e no portal UOL encontro a razão que
me instigou a esta crônica, pois ali a manchete diz o seguinte: “Não resistiu –
Durante papo com Fernando, Aline lamenta noite de sexo.” O que se concluiu pela
curta nota e por outros tantos comentários, e feitos e o que as participantes
fazem ou realizam depois, para mais e maior projeção e manutenção no meio
televisivo brasileiro, é de conhecimento e abrangência pública e consequência
do reality é que a reunião tem como finalidade sexo, assim como acima referido.
No
entanto, dentro do ambiente que concentra os participantes, o sexo é explicito
sob ededrons, tal como as gerações de ontem que o realizavam as próprias custas
e como dito acima, na zona de prostituição.
Nos
ambientes frequentados pelas meninas que viviam e se sustentavam com a atividade
sexual paga, havia a cafetina, dona do imóvel e, também existia o cafetão, que
de certa forma controlava as garotas da casa, os dois últimos hoje tem outra
adjetivação mas, circunstancialmente e equiparadamente são semelhantes.
E assim
na atualidade, a atividade, com o carimbo de jogo na casa mais vigiada do
Brasil, casais praticam o ato sexual mas com a diferença de que, a paga ou o
pagamento é feito por patrocinadores comercialmente falando e também pelo
cidadão por sua livre e espontânea escolha que desembolsa dinheiro para
aquisição do pacote para ter o direito de assistir que casais se relacionam
sexualmente e ele os possa a tudo ver no recesso do seu lar e também votar em
quem sai da casa por eliminação, gastando com telefonemas.
A mim
soa e parece muito estranho e esquisito e, desse modo, jamais desembolsei e
jamais desembolsarei um centavo para tal, ou seja custear a relação sexual de
um casal que sequer sei quem é, não me parece um bom e útil jogo para o social. Mas,
respeito a opção de quem contribui com seu dinheiro e participa do jogo na
arquibancada.
Lúcio
Reis
Em
30/01/15.
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