quinta-feira, 5 de março de 2015

Agressão – Depoimento a Fabio Takahashi

A manchete no portal UOL – em 05/03/15 – na Folha de S Paulo, no título educação – Minha História – reproduz matéria cuja manchete é a seguinte: Agredida por pai de aluno, Diretora Diz que Educador não tem reconhecimento e, no resumo a questão se prende ao fato de V.M.R de 48 anos de idade e diretora de uma creche municipal na Região de Ermelino Matarazzo (Zona Leste de São Paulo), que se encontra afastada do trabalho em função de ter sido agredida por pai de um aluno, na entrada da própria escola.
Agora, pasmem qual a razão da agressão física: houve um acordo prévio, segundo a diretora, e que haveria atividades no período das férias, em função de determinação judicial que obrigou todas as creches a abrirem em janeiro, se as famílias mostrassem interesse e, dentro dessa condição houve a consulta a quem queria participar da atividade naquele espaço de tempo.
O pai agressor e mais 29 se comprometeram em levar as crianças às atividades em janeiro mas, apenas 9 apareceram, mesmo a despeito do pai agressor, ter dito inicialmente que o filho precisava do atendimento pela creche, e, no primeiro contato com esse genitor, a diretora questionou o não comparecimento da criança?
E então vejam a onde chega o entendimento do pai agressor, ao dizer que os funcionários da creche eram empregados dele, no que recebeu como resposta da diretora que ali há servidores públicos e como tal, tinham a obrigação de garantir que as crianças tivessem e recebessem as melhores condições.
Foi o suficiente para que esse pai partisse para o confronto com a diretora e a agrediu com um tapa que seria na cara dela. Ela se protegeu e o soco aparou no braço. A confusão foi apartada por outros funcionários da escola.
O fato acima ocorreu à hora da entrada, na frente das outras crianças e de seus pais ou responsáveis.
A diretoria com 1,59 m de altura e o agressor com 1,80 m de altura, ainda teve que ouvir na policia por ocasião do registro do boletim de ocorrência, o disparate, para não usar outro adjetivo, ele informar que foi encurralado pela diretora.
É sabido por todos nós que em se tratando de esporte em que há luta corporal, os contentadores são agrupados em função do peso, para uma questão de equilíbrio de forças.
Em referencia a educação, a matéria diz, reproduzindo o que a diretora informa, ser hoje situação corriqueira o partir para o desforço físico sobre os professores, posto que as famílias não valorizam o trabalho do educador, do professor.
O pior é que, pelo que a realidade mostra, há um comportamento troglodita e do tempo das cavernas e, não é inerente ao povo ou pessoas que compõem a sociedade das periferias, dos subúrbios, ou como se diz da base da pirâmide social pois agora mesmo, o vereador Luiz Verguera – PSB – da Câmara de Franca, interior de SP, ameaça dar um tapa na cara do cidadão marceneiro que o chamou de ladrão e, como no entendimento do vereador, ele não é ladrão, revidou agredindo o munícipe dentro do ambiente do poder municipal e em seguida retornou à sua atividade de edil. Ou seja, resolveu fazer sua própria justiça.
Ante tudo o acima  o que mais choca é a covardia perpetrada nas agressões, como no primeiro caso que só a diferença da estatura física já dá para concluir que o agressor mente, crendo que toda a sociedade e a autoridade são dementes e, esse comportamento é mais corriqueiro do que se possa imaginar e, no segundo episódio, novamente a covardia é a tônica e o valentão saí e vai se refugiar dentro da sala do poder.
O que a sociedade espera é que o judiciário faça sua parte e aplique os dispositivos legais, pois do contrário a barbárie se implantará em nosso meio e será, sem dúvida, um Deus nos acuda.
Lúcio Reis

05/03/2015

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