terça-feira, 26 de julho de 2016

Avós
Em sua maioria quantitativa, dizem os informes e estatísticas legais, formam e estão na sexta década e mais alguns anos, a população e por, isso constituem na massa qualificada como da melhor idade e, a cada ano cresce geometricamente, pois passaram a cuidar com mais zelo do físico e da mente.
Hoje 26 de Julho, a data está dedicado para que os cabelos de algodão fossem homenageados, os passos lentos fossem respeitados, a curta ou opaca visão fosse orientada e principalmente a experiência acumulada fosse observada como lição de soluções a serem empregadas, mui especialmente por aqueles que se iniciam na caminhada do viver.
Poderia apenas ater-me ao brilho festivo da data, as emoções de ter, por exemplo, recebido mensagem de carinho gravada pelas duas netinhas Livia e Rebeca, via celular e direcionadas a avó e a este avô, assim como o registro carinhoso da Edilena Fores para a tia e, também as belíssimas mensagens que circulam nas redes sociais e sem dúvida enaltecem a data, pois hoje as vovós e vovôs, como é dito, estão antenados e compõem no meio cibernético.
Tudo, por certo, é muito bonito,digno de aplausos e de festa.E assim seja.
Porém, sem pretender borrar a imagem da data, conforme acima referido, e nem cair em contradição, há que se fazer referência, principalmente à ação do estado nos três níveis,em relação aos avôs e avós, mas precisamente no ítem saúde e seus decorrentes cuidados especiais.
Sim! Pois nossos administradores governantes, portam-se como insensíveis e em relação aqueles cidadãos que somam e portam sobre os ombros os fardos do ajudar, lá atrás, na construção desta Nação.
Quantas centenas de vezes, já foi testemunhado o mal tratar da velhice nos transportes públicos de massa, nas casas de saúde, até mesmo nas filas de prioridades, em fim, as exceções ocorrem, é verdade, mas de uma maneira considerável há o castigar em função da soma dos anos vividos.
A realidade do dia a dia é que, até mesmo no seio familiar os avós, passam a ser entes invisíveis, ou um objeto ou peça antiga que deveria ser colocada no porão, num asilo e que, só seria trazida a sala de visitas para ali ser mostrado à comprovar que alguns filhos não foram gerados por uma chocadeira.
O que comentamos aqui, como avô que sou, tem o objetivo de dizer  que, se muito já foi feito,muito, mas muito mais, precisa ser feito. E não falo por mim e nem pela avó que me faz companhia.
A velhice não é atestado de nulidade mas sim, de sabedoria, experiência e portanto, conhecimento. Podemos não ser uma enciclopédia mas, cada avô e cada avó, são sim, uma caixinha com diversificado saber e que sempre dele quer falar e para os mais jovens ensinar.
Uma agulha e uma linha nas mãos de uma avó saí muito conserto!
Lúcio Reis.
Belém-Pa. Em 26/07/2016

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