É mesmo Feliz Natal?
Sorrisos de boa vontade, corações cheios de mansidão e
registros de boas festas, e principalmente feliz natal, inundam as redes
sociais e tomaram conta ou substituíram os antigos cartões que abarrotavam os
clichês do correio e, dispensaram significativamente a mão de obra do
carteiro, colocando no ar um clima de real entendimento e confraternização
fraterna.
Mas, convenhamos e vamos fazer uma pequena pausa,
apoiar o queixo nos dedos, olhar para o nada e de primeira perguntar: será
mesmo feliz natal? Será mesmo que o espirito natalino, de igualdade e de fraternidade cristã impera entre os seres humanos? Será mesmo que há razão para festejar o respeito
entre os humanos e respectivos povos?
Desculpem-me parecer injetar um pouco de fel, na
doçura da época e no sentimento que envolve muitos e assim, o que se percebe nos
é dado parecer e entender que o amor e a união não eliminaram o espaço para o crime,
para a brutal covardia e nem fizeram descer de seus pedestais os mal feitores
desta república e de tantos outros em cada ponto deste planeta.
Por isso, faço apenas uma observação, ao tomar ciência,
como o mundo todo testemunhou, quando uns tresloucados agem e agiram contra
indefesos inocentes que não lhes provocaram nenhuma agressão e, em ações
covardes e sem nenhum aviso prévio, foram apanhados pelo fator surpresa e assim
foram retirados na vida, não num campo de batalhas, mas em via pública e em
horas de lazer e portanto, inocentes, como o ocorrido em Nice e agora em Berlim e outros mais,
quando um ente que não se tem meios de adjetivar, joga contra pacatas pessoas,
independente da idade, caminhões e lhes corta o oxigênio do viver.
E então ou até por isso é que se tem em mente um
punhado de interrogações, pois enquanto milhares estão se abraçando e
confraternizando na fé cristã, uns poucos estão empunhando armas de fogo ou até
mesmo veículos pesados, causando choro e dor em milhões de lares, e sem que as
vitimas lhes tivessem ferido e mesmo assim, não dispuseram de condições de auto
defesa.
Alguem poderia questionar-me ainda: mas o momento é época
para essa reflexão? E com todo respeito, diria: qualquer época ou dia é, pois
os fatos estão aí e são concretizados em qualquer estação, pois o desamor, a
incompreensão e nem sei dizer que tipo de entendimento ocupa a mente desses
humanos, posto que, como mostrado, o cidadão saca a pistola e pelas costas e a
sangue frio fuzila o governante que discursava.
Comparativamente com nosso Brasil, é que aqui, as ações
criminosas não cessam e, pelo o publicado na imprensa, não são caminhões de desgraças que são usados contra o povo mas
sim, para transportar os milhões retirados ilicitamente do erário, nas mais
diversas ações de corrupção.
Aqui não são só os pneus de caminhões que matam o
cidadão no trânsito violento mas sim, a corrupção enraizada nos órgãos públicos
e que, deixa o povo sem educação, segurança, saúde e condições digna de viver.
Soluções existem? Existem sim pelo menos para nós,
pois para o mundo la fora contra os extremistas não sei! Mas por aqui, basta o
povo tomar vergonha na cara e deixar de reeleger os viciados em erário e que fizeram
da politica o meio fácil e lucrativo de se dar bem, aliás muito bem e se
tornaram experts em enganar o eleitor.
Mas, apesar de tudo, que a energia positiva do Feliz
Natal paire no ar e amenize as lágrimas que invadiram os lares de muitas famílias.
Lúcio Reis
Belém, Pa. Brasil
Em 23/12/2016.
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