Cracolândia e o Poder Público
A cracolândia e um grande buraco
numa via pública urbana ou interestadual, são a mesma realidade tomando como
referência a iniciativa e efetiva ação do poder público. E não é inerente
apenas ao poder no Estado de São Paulo
Nem as péssimas condições de
trafegabilidade a que chegam às rodovias que compõem a malha asfáltica do
Brasil e, nem a cracolandia que no estágio atual impacta a opinião pública
nacional, apareceram do nada ou como um passe de mágica se instalam com todos
os seus malefícios e consequentes prejuízos sociais e abrangentes da noite para
o dia ou vice verso.
No asfalto no princípio uma
pequena depressão ou fissura na camada e o poder público passa ao largo ou
finge não ser sua responsabilidade e portanto, obrigação constitucional.
Da mesma maneira, em relação ao
uso do entorpecente, inicialmente não se reuniram de imediato centenas de
viciados. Essa massa foi crescendo e ampliando sua massa, chegando ao ponto do
tráfico implantar suas bancas a ofertar e vender as porções da droga, tal como
se vê numa feira de hotifrutigranjeiro bancas a ofertar tomate, batata ou
cebola. E o poder público se omitiu ou nada de concreto implantou nos últimos
anos e há mais de uma decada.
Chegou - se ao estágio que os
técnicos adjetivam como questão de saúde pública e no aspecto do tráfico,
noticiam faturamento em torno de um milhão.
Os expert no assunto e em seus
gabinetes refrigerados, nos quais não são molestados ou incomodados pelos
efeitos das ações dos "zumbis" que transitam como desnorteados e sem
coordenadores de suas ações e racionalidade, visando a qualquer custo conseguir
o dinheiro para mais uma pedra e a queima-la no cachimbo da guerra entre si e
seus demônios atormentadores, habitantes de seus subconscientes e que
sobrevivem pela inalação da fumaça maligna, sempre optam pela solução de que a
liberdade de escolha que a cidadania detém, seja respeitada e os direitos dos
"indigentes" não sejam violados pela internação hospitalar
compulsória.
Ora vejam que incoerência. A
dengue, a chikungunha e outros males do genero transmitidos por mosquitos,
comportam que as ações do estado em imóveis e áreas fechadas e particulares,
que as mesmas sejam arrombadas e seja alcançado e eliminado o foco, ou seja as
favas com o que diz a Constituição mas, compreende-se é imprescindível que seja
sim, pois o bem mais abrangente deve ser privilegiado. No entanto, no caso da
droga, o tratamento que requer a internação só com o consentimento de quem já
nem sabe em que dia da semana está vivendo e quem sabe, siabam se dia ou noite.
O fato é que situação semelhante
já ocorreu em Londres e as autoridades de lá deram a solução. Sanearam o
ambiente público. Recolheram compulsóriamente os dependentes, trataram-nos com
desintoxicação e assim o bem social naquele logradouro voltou a prosperar e
hoje pode, com tranquilidade eurbanidade atender a todos.
A imprensa poderia procurar os
familiares daqueles que vagam sem destino, após terem passado pelo ambiente da
cracolandia e, perguntar para eles o que acham da internação compulsória?
E não para teóricos tal qual
aquele que disse: o risco é levarem para internação quem não é viciado. Ora
convenhamos de novo, o problema já é crítico e grave, qual seria a motivação
para que o agente do estado forçasse a condução de um cidadão que não precisa
de tal medida? E além do mais a decisão não será de único agente ou técnico.
O Brasil já detem muitos títulos
negativos e mais um não é nada relevante
para nós!
Lúcio Reis
28/05/17
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário