sábado, 1 de setembro de 2018


Ignorância ou Ignorância?
Ignorância por desconhecer, não saber a respeito das realidades atuais, portanto, simplesmente desinformada e assim inocente útil na lábia de qualquer espertalhão, ou
Ignorância no sentido real de não ter alcance, noção da seriedade da situação, não saber interpretar ou cega voluntária pelo sentimento de gostar de avó pelo neto?
O fato que pode ter sido verídico ou não, posto que hoje as pessoas exercendo seus lados jocosos ou mesmo os sérios, bolam, gravam clips e os publicam nas mídias sociais, vou reportar-me a seguir sobre o mesmo.
O clip que recebi em meu smart e que me instigou a escrever esta crônica tem a filmagem de uma perna “feminina”, posto que a pessoa usa vestido e só é mostrada da cintura para baixo, por isso registrei entre aspas, em cujo tornozelo há uma tornozeleira eletrônica.
Na narração do filminho há o informe de que ela é a avó de um presidiário que como muitos, conseguiu uma dessas belas licenças em datas festivas para sair das cadeias e, o neto condenado conseguiu abrir a tornozeleira e atraca-la na perna da avó e assim, despreocupadamente ele ganha o mundo para praticar crimes, enquanto a vovozinha indicava para os controles policiais que o lobo mau estava em casa cumprindo as medidas restritivas judiciais de sua condenação.
Porém, a vovó ignorante ou inocente útil e carinhosa com o netinho, precisou ir a uma unidade de saúde. Em lá chegando foi logo visto e notado o dispositivo eletrônico em sua perna. Questionada se era presidiária, aquela senhora bondosa e agradecida respondeu: Não! Isso é um aparelho para medir pressão arterial e que me foi presenteado por meu neto!
Hilário não é? Mas trágico, pois num aspecto, pode ser mesmo absoluta ignorância e desinformação de quem não lê, não vê noticiário e se ela tiver menos de 70 anos e portar o seu titulo de eleitor é a presa fácil para os bandidos que não usam tornozeleira eletrônica mas, saem pelas cidades pedindo votos ao vivo ou nas mídias sociais e há décadas.
Em outro aspecto há o sentimento de dó que a vovó possa nutrir pelo neto bandido, assim como parcela considerável de nossa sociedade nutre para com os algozes desta sociedade nacional e que foram apanhados, julgados e condenados e sequer tem vínculo familiar ou sanguineo com esses eleitores.
E, quando você externa seu posicionamento, como aqui o faço, recebe o carimbo, a etiqueta de quem destila ódio e este, segundo o alerta só faz mal.
Ora convenhamos, bandido é bandido e não tem escrúpulo. Ele é nocivo à sociedade indistintamente e não é vitima dela mas sim, a torna vitima de suas ações, assim como o é o rato e logo, não é uma questão de ódio mas sim, de nojo, asco e se manter distanciado do delinquente, pois enquanto ele trânsita na lama de seus crimes, usando ou não paletó e gravata, entre o patamar dele e o de cidadãos de bem, há uma comprida escada sem degraus, que não os deixa subir para o andar da honestidade e da seriedade e, não permiti que o cidadão de bem desça para o lodaçal dele.
O que há mesmo é dó do individuo bandido, mas que permaneça pagando por seus crimes e colhendo os frutos do que plantou. Sentimento de ódio é outra situação. Elementar!
Lúcio Reis –
Em Belém do Pará em 01/09/2018.

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