domingo, 28 de setembro de 2014

Escolhas no viver

    Ganhamos, cada um, mesmo antes de nos tornarmos um ser humano, mesmo que no bem lá inicial, uma concorrida corrida e recebermos nosso primeiro prêmio fecundar um óvulo e assim, adquirirmos o direito de recebermos a dádiva Divina do respirar no âmbito celestial e o direito a vida no aspecto biológico e que, a rigor são indissociáveis e portanto, essa primeira escolha não foi nossa mas do Senhor, detentor do direito sobre o viver e o morrer de cada um de nós.
   No entanto, dependendo muito da maneira em que essa fecundação ocorreu, passamos pela possibilidade de um seríssimo problema e sobre o qual não nos é dado nenhum direito ou oportunidade de opinar, de escolher, mesmo a despeito de que a vida já nos pertence, o aborto provocado.
     Também, não é da ignorância de nenhum de nós, que a escolha do casal a quem caberá ser o veículo que nos tornará ou nos conduzirá a condição de um ente vivo e racional, não nos compete e assim, não deixamos de ser uma conseqüência e que, até pode ser de ato inconseqüente e ainda pior, mesmo irresponsável ou de desvio de conduta – em função da legislação do estado – e, tanto isso é real que o incesto é uma realidade.
    Porém, todas essas alternativas foram ultrapassadas ou as ilegais não houveram e vem ao mundo um ser humano e que, ainda vai se sujeitar a mais outra situação que, não lhe cabe o direito de escolha, seu nome de batismo ou registro na certidão de nascimento. Mas, neste caso, pode posteriormente haver a mudança e haver a escolha sobre que nome ter e adotar.
    Por fim, considerando que essas etapas foram vencidas, inclusive sobre a opção a seguir em referencia a denominação religiosa ou o colégio em que estuda e o ser, agora é detentor integralmente do seu direito do livre arbítrio.
   Apesar de ainda não ter adquirido na íntegra a maioridade civil mas, já tem, através da inteligência de que é dotado, posto que um ser racional e portanto, com discernimento, condições de fazer comparações entre duas situações e realidades, principalmente, quando em uma delas as ações emanam de corações queridos e recheadas, envoltas em total carinho e amor, como da mãe, de uma avó, de uma tia ou de outros entes de verdade queridos, verdadeiros e sinceros, portanto.
   É compreensível que há escolhas feitas, que trazem e trarão conseqüências danosas, quando o adulto promove alienação parental e pela chantagem sentimental ou a ameaça velada ou ainda amedrontamento, “escraviza” o ente ainda adolescente e o faz escolher compulsoriamente caminhos e comportamentos que, com o decorrer dos anos, tornam-se malefícios no presente e tornar-se-ão em danos e prejuízos irreversíveis e que, ao longo do tempo em que essa alienação se impôs ou foi imposta muito será e foi perdido e irrecuperável tornar-se-á.
    As vezes o tempo dá oportunidade para revisão e recomposição mas, em muitos casos, será tarde demais e restará a exclamação: ah! Como eu não percebi? E o choro do arrependimento será a escolha obtida e tardiamente.
   Há sentimentos de amor que não se apagam e há corações que não estão nem um pouco com eles preocupados e, entre esses sentimentos imortais e eternos, pode-se dizer que o de mãe é insuperável e quando essa mãe é avó insuperável mais ainda será.
   E essa realidade é tão forte que faz lembrar uma história ou estória a circular na internet e que, sem dúvida a moral da mesma é uma concreta lição de amor materno: “ao filho foi dada a missão de sacrificar a vida da própria mãe, como prova de lealdade à alguém e, essa prova exigia que o coração daquela mãe fosse retirado ainda pulsando e levado a presença daquele ser. O filho não titubeou. Sacrificou a própria mãe, arrancou-lhe do peito o coração e com ele nas mãos saiu em disparada corrida para o apresentar a pessoa a quem devia fazer prova de sua fidelidade e, nessa corrida, tropeçou e caiu. Então, daquele coração já quase sem vida, ouviu a frágil e débil pergunta: se machucou meu filho?"
     Porém há também outras modalidades de matar o amor de uma mãe e sem que, lhe seja retirado do peito o coração.

Lúcio Reis

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