Herança do além mar
Nosso povo, há alguns
séculos, ao receber a corte portuguesa na Bahia, na condição de colônia da
Terra de Camões e de Pessoa e que, assim já convivia com os lusos, africanos,
índios e dessa “salada genética com caramelo” da intenção do sempre se dar bem
e provar do mais saboroso, chegamos a atual e vergonhosa situação e na qual, o
levar ou tirar positiva vantagem, sempre caminha na rilha da desonestidade, da
corrupção, do descaminho e da imoralidade descarada.
E, com essa receita de
formação de um povo e portanto de uma Nação, mesmo a despeito de mais de cinco
séculos terem se passado, a tendência é de persistir e a cada dia o piorar e
olhe que compomos um País de quase 200 milhões de cidadãos.
Quando alguém e, esse alguém
é numeroso, da como desculpa ou tenta justificar e explicar os deslizes
cometidos, imorais, contra o bom senso e, desonestamente apresenta a
esfarrapada desculpa que, a culpa vem daqueles que nos descobriram.
Incontinente discordo, pois ao longo dos anos a tendência é que os bons
exemplos paulatinamente promovam as mudanças e transformações de acordo com a
vivência de quem atua e mostra esses bons exemplos a serem seguidos. Mas, entre
nós pela maciça carga de imoralidade e desonestidade essa regra não se aplica.
Particularmente em relação a
desculpa, a qual considero estapafúrdia e, nada mais, nada menos de pretender
cobrir o sol com a peneira e assumir: somos sim uma Nação de ladrões e de
bandidos descarados e os PHD do ramo não transitam nos subúrbios e nem nas
vielas das periferias. Estão encrustados tipo “percebes” - (marisco que se
desenvolve afixado nas montanhas rochosas de mares portugueses, de difícil e
arriscado pescar) - nos poderes e seus aliados compõem no pico da pirâmide
social, pois o pobre entra involuntariamente na coleta ao pagar exorbitante
imposto ao comprar de uma caixa de medicamento ao pãozinho francês e, mesmo com
o açoite das ondas da imprensa e de alguns poucos brasileiros a lhe bater de
frente, pelos lados eles não se desgrudam da “rocha marítima do erário”.
Todavia, o que se testemunha
diariamente em nosso País? É sempre o nivelamento por baixo e para baixo e
parcela considerável a praticar a “Lei de Gerson”, aquele que o “canhotinha de
ouro” consagrou no futebol como o resumo de sempre levar vantagem mas, no caso
do tri campeão, o alvo era vitória no campo de futebol.
Os noticiários estão fartos
e a cada manhã em apresentar a goleada do superfaturamento nos estádios a
receberem jogos pela copa que se aproxima e mesmo a despeito de que toda a
imprensa fala da imoralidade, o barco segue. E, o pior, tudo jogada ensaiada,
pois ouros eventos já haviam mostrado essa prática, esse treino e que não é
inerente apenas a estádios de futebol mas, em todas as ações onde o erário é a
mola propulsora e, não obstante isso, o mundo todo sabe que outros eventos de
copas anteriores, não tiveram custo tão absurdos quanto a aqui haverá.
E então o script fica
facílimo de compreender e entender o porquê não há renovação ou depuração na
composição da representação popular nos poderes republicanos. Simplesmente por
que é máquina de auto-alimentação e com tecla de repetição e, como funciona?
Tão natural e simples, como se fora o seguinte organismo: o representante do
cidadão que assim se torna via urna eleitoral e por essa via se alimenta,
sentando-se a cadeira a consumir verbas do erário que é defecada na latrina da
corrupção para ser metabolizada pelas bactérias patogênicas daqueles que
participam da receita das licitações do faz de conta, pois sempre os nomes são
os mesmos e dessas bactérias surgem no metabolismo o gás da decomposição do
dinheiro dos impostos com o nobre título de propina e que vai para quem?
Considerável percentual para aquele com assento em alguma cadeira, comprado
pelo voto de um desinformado eleitor – são milhões – que ao ganhar como agrado
um aterro ou boné, se entendeu feliz e gratificado como praticante da “Lei de
Gerson” e com esse pensamento e com seu voto deixou, manteve no poder um ladrão
de alta periculosidade e que, para demonstrar cacife e que é diferenciado, e
que em cada unidade da federação tem um grupo familiar ou não, são detentores
de veículos de comunicação como TV, jornal, rádios AM/FM, mansões em várias
cidades e milhões em paraísos fiscais. É isso que noticia a midia e por isso
mesmo de conhecimento público.
O eleitor que se afogue no
rio ou mar que irá se formar em função da inexistência de rede de esgoto de
águas pluviais e, independe de que seja uma mega metrópole ou simples cidade.
Caso não se afogue mas, adquiri uma leptospirose pela má qualidade de ações de
saneamento, coleta de lixo, mesmo a despeito das fraudes para contratação desse
serviços e pagamento de propinas e, se a doença pela urina do rato não o
liquidar, morrerá num dos pronto socorros por falta de medicamentos e isso se
conseguir chegar ainda com vida no hospital, pois pode muito bem ser vitima no
violento trânsito no percurso a ser corrido até a unidade de saúde.
Ora, como é bem e bastante
mostrado no noticiário falado e escrito, o que o português tem a ver com isso?
Absolutamente nada! Por que lá a sem vergonhice política pode até ser
semelhante mas, ao que se sabe por testemunho pessoal, o povo de um modo geral,
tem educação e respeito pelo semelhante e os exemplos de honestidade e
urbanidade que testemunhamos dão-nos credenciais a tal afirmação.
E para não ficar na
desconfiança da informação e o entendimento de má vontade com o nosso País,
posso informar para relembrar o que é público e quem já passou por terras de
Portugal sabe que avenidas são ornamentadas por jardins floridos, nenhuma
socialyte vai la furtar muda e, na cidade do Porto os postes tem floreiras com
espécies naturais mas, o fato mais relevante, vivenciamos, pois havido no Hotel
Mercure na Batalha em 2006. Dois casais amigos, um dos quais este autor,
visitavam a cidade do Porto e resolveram fazer um “city tour”. Na recepção de
acordo com folheto exposto, escolheram uma oferta na qual o custo por casal
seria de 100 euros. Pediram ao funcionário da recepção que contratasse aquela prestadora
de serviços para o dia seguinte às 08:00 h e, cada um deixou com ele sua
parcela. Ao término do dia o funcionário foi ao apto deles e devolveu a cada um
20 euros. Perguntado a razão da devolução disse ele, que segundo a Carolina
dona do transporte aquele valor era para alta temporada.
Ora convenhamos. Se ele
tivesse ficado com os valores devolvidos, não teríamos convivido com essa lição
de honestidade, seriedade e profissionalismo e, nem ser-me-ia fornecido
subsídios a afirmar que os portugueses não são e nem podem ser desculpas ao mau
caracter do brasileiro, portanto se cada um fizer sua parte, no contexto geral,
teremos promovido as mudanças e iniciaremos a construção de um outro Brasil.
Infelizmente, não é e nem
será fácil, pois o cidadão brasileiro, não tem o mínimo de discernimento e
chega a ser mesmo, tão imbecil e ao mesmo tempo tão cretino que não é situação
de fácil compreensão. Dia 23/01/14, tomou-se conhecimento do seguinte fato e
que aqui registro até para que sirva de alerta para todos. A senhora contratou
mão de obra a ser executado em determinado serviço em sua residência, seu apto.
Dois “trabalhadores” foram realizar a tarefa contratada e um era
responsável pela empresa.. Executavam o serviço e na sala de estar a dona do
imóvel realizava algum serviço em seu Ipad – tablet – e por coincidência nesse
ínterim recebeu um telefonema e apressada saiu e deixou o aparelho sobre o
móvel. Ao retornar, poucas depois e quando o trabalho já havia sido concluído e
os operários se retirado, sentiu falta do computador ao ir pegá-lo onde o
deixou. Foi a empresa e os dois, únicos estranhos que por lá passaram, negaram
que houvesse feito a subtração indevida do objeto. Foi feito o termo policial e
as averiguações prosperam. Segundo a delegada não é difícil encontrar, pois são
aparelhos rastreáveis.
Bem, dizemos por aqui que a
ocasião faz o ladrão porem, será que ninguem usa a razão? Ou bandido é
irracional? E isso faz lembrar recente duplo assassinato de pessoas de amplo
conhecimento na sociedade e que, simplesmente deliberaram em matá-los e
desaparecer com os corpos, jogando-os na baia do guajará como que, tivessem ali
jogado dois alfinetes e, tanto num quanto em outro caso e demais, o bandido
pelo visto entende que todo mundo sofre de amnésia e esquece que tem um tablet
ou que uma família tem um ente querido e que não sentirá falta.
O que tem que passar a ser
regra e não exceção e por isso merecedora de publicidade, é o fato de um
funcionário de aeroporto ou uma senhora humilde, encontrarem pacote de dinheiro
que não lhes pertence, honestamente devolverem ao dono ou ao estado e se tornar
noticia nacional, o que,vem a provar que a desculpa de herança maligna e de
ladroagem não serve, não cola e que, o que tem que haver é nossas autoridades
passarem a usar vergonha na cara! Pois se há exemplo de seriedade e
honestidade, implícito está que nem todos são bandidos e assim há o bom exemplo
a seguir e praticar.
Com vergonha na cara e a
abolição ou revogação da “Lei de Gerson” o Brasil poderá ouvir um outro
“Ouviram do Ipiranga” onde haverá respeito e dignidade.
Lúcio Reis
Parabéns Lúcio!!!!
ResponderExcluirQue legal ter gostado. Grato pelo carinho
ExcluirQue legal ter gostado. Grato pelo carinho
ExcluirQue legal ter gostado. Grato pelo carinho
ExcluirAdorei Lucio.
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