quarta-feira, 11 de março de 2015

Dentada e Molecada

Por ocasião da abertura de mais uma CPI, agora a terceira, à investigar a corrupção que abraçou e perfurou as estruturas da Petrobrás, a sociedade brasileira assistiu a discussão protagonizada como protesto, pelo deputada federal pelo Pará, Edmilson Rodrigues, hoje pertencente a sigla do PSOL e ex PT, em função da criação de 4 sub relatorias e, na ocasião dia 5 passado o presidente da Comissão, deputado Hugo Motta – PMDB-Pb, recebeu do parlamentar paraense, com todas as letras, o adjetivo de moleque em alto e bom som, como se estivesse possesso e tudo mostrado pela transmissão televisiva da Casa.
O comportamento do político paraense recebeu a desaprovação de alguns e mereceu representação, assinada pelo deputado Daniel Vilela – PMDB – Go, acompanhado de mais 10 deputados, os quais entenderam ter o político “papa-chibé”, ex prefeito de Belém, ter ferido o Código de Ética daquela Casa Legislativa.
Ante as ações tomadas e cujo documento foi encaminhado pelo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha – PMDB- Rj, para a Corregedoria da Casa, a fim de ser elaborado parecer, o que condicionará a remessa ou não da questão ao Conselho de Ética.
Ao ser ouvido, o deputado Edmilson, diz e saí com a desculpa esfarrapada de que a representação visa intimidar seu partido o PSOL, mas que não iria prosperar e, nega ter chamado o outro parlamentar de moleque mas sim, para que ele não “amolecar” a CPI.
É sempre sim, os caras são valentes, abrem a boca dizem o que querem e até passam para a agressão física mas depois, negam, tentam inverter os polos e portanto, não tem a hombridade de assumir seus atos.
Ora convenhamos que, a gravação é bem clara e não deixa dúvida e todos ouvimos na mesma, o deputado paraense esbravejando em alto e bom som, gesticulando à frente da mesa, atribuindo ao presidente da CPI o título de “moleque” e “coronel”.
E assim, quando sai da garganta do deputado Edmilson Rodrigues, o posto militar, no caso coronel, dá-nos a concluir que esse político, esse senhor, tenha algum problema no sub consciente envolvendo farda,
Quando faço referência a farda, o faço com a lembarnça do fato protagonizado por Edmilson Rodrigues, há alguns anos no Palácio Lauro Sodré, sede à época do Governo do Estado do Pará e, ali atuava na segurança da PM/Pa o major  Arruda e lá, o hoje deputado federal, entrou, salvo engano detinha mandato de vereador por Belém e, naquele ambiente tentou bagunçar e desrespeitar o local, o que gerou a ordem de ser colocado na rua pelos militares de serviço e na ocasião em que era carregado para ser retirado do local, na confusão que se gerou, ele abocanhou a mão do major Arruda e quase lhe decepa um dos dedos da mão com brutal dentada. Fato de ampla repercussão em Belém.
Como se vê, esse Sr não tem noção do que é, ou o que é estar investido na representação política de parcela da sociedade – a que lhe outorgou representação via urna – e, no resumo é um inconsequente, que a rigor é quem também apequena e amoleca a política nacional.
Gestos dessa qualidade somente servem para desqualificar mais ainda o poder legislativo nacional, já tão abrangentemente enlameado pela ação dos que nele atuam.
Lúcio Reis
11/03/2015


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