sábado, 21 de maio de 2016

Educação, Cultura e Resultados
O tema em baila no momento entre outros, é a incorporação do Ministério da Cultura ao Ministério da Educação, voltando a ser único, como no passado e, tem como razão fechar a torneira para não escoar irresponsavelmente o erário, pois a ordem do momento é economizar e não desperdiçar como veio ocorrendo ao longo desses treze anos de administração petista.
Óbvio que do lado dos interessados, os artistas nacionais e outros do ramo cultural da sétima arte, do teatro, da edição fonográfica, impressa, etc…,e de maneira geral, os que sempre foram beneficiados com os incentivos e em altos volumes de créditos, o jus esperneio é gritante, inclusive usando “palanque” no exterior, como visto em Cannes. E assim, numa real interpretação contra o nome do Brasil ou na sentença mais simples: foram lavar roupa suja na casa do vizinho.
Mas, façamos análise fria e a luz da realidade brasileira, sem influência de cor ou bandeira politico partidária. E, para iniciar formalizemos algumas perguntas:
-1-A quantas anda e está a educação e a cultura nacional em termos de qualidade e nível de sociedade racional e compatível com o que já se tem no século XXI?
-2-Qual massa social é alcançada, beneficiada culturalmente em função das apresentações culturais e levadas aos palcos com o incentivo financeiros do estado?
-3-Os portadores das bolsas assistências tem acesso livre a esses espetáculos?
-4-Qual o resultado prático, útil e positivo ao tecido social e principalmente na relação entre componentes de nossa sociedade e de maneira especial na convivência harmônica?
Creio não seja exagero algum responder aos quesitos acima declarando: nenhum e nada de positivo ou digno de aplauso se possa mostrar e comprovar. Pois ao contrário da sociedade se portar como quem alcançou um nível compatível com a atual realidade inerente a comunicação, dialogo e aprendizado sem fronteiras, ela caminha e se porta, como que se ainda na idade da pedra. A violência é extrema em qualquer região e o banditismo beira as raias do mais alto grau da estupidez.
No entanto, na outra face da moeda cultural e educacional, podemos sim a luz dos fatos, elencar uma saraivada de comportamentos e fatos concretos e assim indesmentidos, se não vejamos:
-1-Todos testemunharam via TV e lá os pares do deputado federal Jean Willis cuspindo na cara de seu par e no âmbito interno de um dos poderes republicanos e isso, penso, relaciona-se a educação ou a cultura?
-2-Todos vimos e a TV também mostrou para o mundo, a jovem defecando em plena via pública num ato de protesto e que, remonta a idade das cavernas ou de alguma tribo indígena que ainda não teve aproximação com a civilização de alguma cidade e, isso deduzo seja ligado e educação e a cultura;
-3-A sociedade brasileira assiste diariamente alunos fechando e ocupando escolas e, pelas mais variadas razões, sendo uma delas falta de verbas e o ofertar de condições físicas das mesmas e, isso está relacionado a educação e cultura;
-4-Todos são cientes do quão é péssima a remuneração do professor brasileiro e principalmente no ensino básico e de certo, seja relacionado a educação e cultura.
Deduzo que as citações acima também sejam o suficiente para espelhar a nossa realidade e que, não é novidade para ninguém.
Porém, no que tange ao cidadão e cidadã do meio artístico, não creio que estejam vendendo o almoço para comprar o jantar. E nem que usem o passe fácil, pois se locomovem em jatos particulares, e de suas propriedades. Não usam trapos para se agasalharem do frio e nem tomam cafézinho no botequim de uma esquina nacional mas sim, em alguma esplanada parisiense na Champs Elyseés, devidamente agasalhado com casacos caríssimos. E nem necessita citar a mesmice e de sempre dos camarotes baianos e outros no período carnavalesco e cuja massa em baixo a brincar, seja portadora de bolsas assistências e nem do salário mínimo.
O Partido dos Trabalhadores, não há dúvida alguma, quebrou o País. Hoje, pelo visto, a administração substituta está de tudo tentando colar os pedaços e ver se é possível conseguir fazer avanços e a responsabilidade de cooperação e de todos, pois a camada dos mais pobres sempre é e foi a mais esmagada.
Os artistas nacionais, podem ter muita sensibilidade para interpretar as misérias sociais mas, no piso do palco. Na hora de descer para periferia aí o cheiro do povo incomoda. E como diz a lei de Mateus: pirão, pirão primeiro os meus!
Lúcio Reis
Belém, Pa, Brasil em 21/05/2016


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