Educação, Cultura e Resultados
O tema em baila no momento entre outros, é a
incorporação do Ministério da Cultura ao Ministério da Educação, voltando a ser
único, como no passado e, tem como razão fechar a torneira para não escoar
irresponsavelmente o erário, pois a ordem do momento é economizar e não
desperdiçar como veio ocorrendo ao longo desses treze anos de administração petista.
Óbvio que do lado dos interessados, os
artistas nacionais e outros do ramo cultural da sétima arte, do teatro, da edição
fonográfica, impressa, etc…,e de maneira geral, os que sempre foram
beneficiados com os incentivos e em altos volumes de créditos, o jus esperneio é
gritante, inclusive usando “palanque” no exterior, como visto em Cannes. E
assim, numa real interpretação contra o nome do Brasil ou na sentença mais simples:
foram lavar roupa suja na casa do vizinho.
Mas, façamos análise fria e a luz da
realidade brasileira, sem influência de cor ou bandeira politico partidária. E,
para iniciar formalizemos algumas perguntas:
-1-A quantas anda e está a educação e a
cultura nacional em termos de qualidade e nível de sociedade racional e compatível
com o que já se tem no século XXI?
-2-Qual massa social é alcançada,
beneficiada culturalmente em função das apresentações culturais e levadas aos palcos
com o incentivo financeiros do estado?
-3-Os portadores das bolsas assistências
tem acesso livre a esses espetáculos?
-4-Qual o resultado prático, útil e positivo
ao tecido social e principalmente na relação entre componentes de nossa
sociedade e de maneira especial na convivência harmônica?
Creio não seja exagero algum responder aos quesitos
acima declarando: nenhum e nada de positivo ou digno de aplauso se possa mostrar
e comprovar. Pois ao contrário da sociedade se portar como quem alcançou um nível
compatível com a atual realidade inerente a comunicação, dialogo e aprendizado
sem fronteiras, ela caminha e se porta, como que se ainda na idade da pedra. A
violência é extrema em qualquer região e o banditismo beira as raias do mais
alto grau da estupidez.
No entanto, na outra face da moeda cultural
e educacional, podemos sim a luz dos fatos, elencar uma saraivada de
comportamentos e fatos concretos e assim indesmentidos, se não vejamos:
-1-Todos testemunharam via TV e lá os pares
do deputado federal Jean Willis cuspindo na cara de seu par e no âmbito interno
de um dos poderes republicanos e isso, penso, relaciona-se a educação ou a cultura?
-2-Todos vimos e a TV também mostrou para o
mundo, a jovem defecando em plena via pública num ato de protesto e que,
remonta a idade das cavernas ou de alguma tribo indígena que ainda não teve
aproximação com a civilização de alguma cidade e, isso deduzo seja ligado e
educação e a cultura;
-3-A sociedade brasileira assiste
diariamente alunos fechando e ocupando escolas e, pelas mais variadas razões,
sendo uma delas falta de verbas e o ofertar de condições físicas das mesmas e,
isso está relacionado a educação e cultura;
-4-Todos são cientes do quão é péssima
a remuneração do professor brasileiro e principalmente no ensino básico e de
certo, seja relacionado a educação e cultura.
Deduzo que as citações acima também sejam o
suficiente para espelhar a nossa realidade e que, não é novidade para ninguém.
Porém, no que tange ao cidadão e cidadã do
meio artístico, não creio que estejam vendendo o almoço para comprar o jantar.
E nem que usem o passe fácil, pois se locomovem em jatos particulares, e de suas
propriedades. Não usam trapos para se agasalharem do frio e nem tomam cafézinho
no botequim de uma esquina nacional mas sim, em alguma esplanada parisiense na Champs
Elyseés, devidamente agasalhado com casacos caríssimos. E nem necessita citar a
mesmice e de sempre dos camarotes baianos e outros no período carnavalesco e cuja
massa em baixo a brincar, seja portadora de bolsas assistências e nem do salário
mínimo.
O Partido dos Trabalhadores, não há dúvida
alguma, quebrou o País. Hoje, pelo visto, a administração substituta está de
tudo tentando colar os pedaços e ver se é possível conseguir fazer avanços e a responsabilidade
de cooperação e de todos, pois a camada dos mais pobres sempre é e foi a mais esmagada.
Os artistas nacionais, podem ter muita
sensibilidade para interpretar as misérias sociais mas, no piso do palco. Na
hora de descer para periferia aí o cheiro do povo incomoda. E como diz a lei de
Mateus: pirão, pirão primeiro os meus!
Lúcio Reis
Belém, Pa, Brasil em 21/05/2016
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