Justiça F-1
Justiça fórmula um, é isso mesmo que quis registrar
no título desta crônica e, o referido veio-me a mente, ao assistir no noticiário
e, ao informar-me na imprensa ao longo desses meses de Lava Jato, nos vários veículos
ao meu alcance e até, de qualquer cidadão brasileiro, sobre os despachos do Juiz
Sérgio Moro e, também de outros mas, principalmente daqueles e que se referem
aos processos onde os tubarões que caíram nas malhas da 13ª Vara Federal em
Curitiba e alguns outros mais, em Brasília.
Ontem 13 de outubro, o dia 13 como coincidência bem
interessante, o ex presidente Lula e pertencente ao PT cujo número também é 13,
passa a ser réu em mais um processo de corrupção – agora já são três - e outros
enquadramentos, posto que foi acatada denuncia sobre mais crimes cometidos por
ele e alguns outros parceiros de delitos.
Será que a quantidade de denuncias também somará
13?
Não é demais aqui mencionar a cena ocorrida em
aeroporto no Rio de Janeiro, quando o antes todo poderoso deputado federal
Eduardo Cunha, com prazo de apresentação de defesa em processo sob Curitiba, e
que, só se deslocava dentro do parlamento ladeado por seguranças a vanguarda, retaguarda e
laterais e pagos pelo contribuinte brasileiro, ao desembarcar empurrando ele
mesmo o carrinho com suas malas e que teve a recepção de quantos lá estava sob
vaias, achincalhes e gritos de ladrão a ele dirigidos e que, se coadunam e são compatíveis exatamente com a ação parlamentar dele e por isso mesmo também, do péssimo
cidadão que representa para e na sociedade nacional, ou seja, foi apupado e
espezinhado.
Além dos dois acima o Juiz F-1 e sua veloz justiça
também enquadrou o ex-senador Gil Argelo, condenando-o por quase duas décadas
de xilindró por corrupção. Esse senhor por ocasião de seu depoimento, se portou
tal como um bebe chorão à frente do Juiz Sérgio Moro. Aliás conheço esse tipo
de carater que, em determinada situação é valente, agride física, moral e
covardemente mas, quando chega à frente da autoridade policial, sua frio, a
pressão arterial caí, chora, se faz de pobre coitadinho, ou seja, característica
do ser com personalidade rasteira.
Ante o que se constata pelos fatos, pode-se
concluir haver no inconsciente social uma certa satisfação ao testemunhar a caída,
a captura aqui, ali e acolá de mais um tubarão e que, outros mais serão
fisgados e muitos passarão temporadas na cadeia.
A realidade é que acende-se uma fagulha de esperança de que o Brasil pode
e vai passar por uma transformação.
É óbvio que essa metamoforse não ocorrerá da noite
para o dia, pois como ainda se pode constatar na atual campanha politica, a
mesmice permanece pelo lado dos candidatos mas, é possível perceber
que o eleitor, em considerável percentual, tem registrado seu grito de
insatisfação e tem dado o recado que esse modelo já é arcaico e nocivo à
sociedade e que, há de ser urgentemente alterado.
E se Deus quiser a mudança virá. O que não é mais
possível continuar são os poderes tomados por cidadãos com mandatos e seus
nomes estampados em capas de processos judiciais por crimes cometidos no exercício
da representação popular e por isso mesmo, podemos dizer que a justiça de
Sérgio Moro é de F-1.
Lúcio Reis
Belém, Pa. Brasil
14/10/2016
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