Celebração
sem guardanapo
A sociedade brasileira nesta data 16/11/2016,
demonstrou seu contentamento e celebração com a prisão de mais dois ícones da
corrupção nacional, ambos ex governadores do Estado do Rio de Janeiro e
portanto, colaboradores, como muitos outros mais, para com seus atos enlamear o
nome de nosso Brasil perante a comunidade internacional. Cairam Garotinho e
Sérgio Cabral.
Apos anos e anos, ou melhor décadas, em que a corrupção
foi sendo enraizada como um dantesco câncer e, em todas as regiões deste País,
nas mais variadas modalidades de crime, alcançamos o ápice do absurdo, do sem
limite e maneiras de meter a mão no erário e, com a conta sempre sendo apresentada
e paga pelos mais humildes, enquanto os canalhas comemoravam a desgraça dos
mais necessitados em requintados jantares em hotéis e restaurantes de luxo em
Paris ou em outros locais de expressão internacional.
Tripudiaram o quanto puderam. Enganaram 24 horas a
cada dia. Corromperam e foram corrompidos com a mesma naturalidade com qie
inspiram O2 e expiram CO2. Brincaram com a dignidade de cada cidadão honesto
desta Nação. Mas os ventos, pelo que se nota, estão mudando as rotas.
Alguns já estão presos mas, muitos ainda estão livres
e soltos. Mas seus processos tramitam e quem sabe, logo mais teremos explosão
carcerária de colarinhos branco.
Porem, a mola propulsora da economia do mundo e da
nossa também chama-se dinheiro e, os cofres das empreiteiras e construtoras, após
as casas caírem estão esvaziando e estas para vê-los com dinheiro guardado e
portanto, cheios, costuram suas delações – leniências – e por isso, ainda vamos
celebrar a prisão de muitos endinheirados e que, ao invés de curtirem a
terceira idade no aconchego do lar, desfrutando as traquinagens dos netos ou
netas, vão mesmo é tomar banho de sol com hora limitada e ver a vida passar por
entre grades de ferro, posto que o crime, não compensa e jamais compensará.
Por certo não vale a pena ser criminoso. Pois para que
isso fosse verdadeiro, seria necessário que todos fossem corruptos e ladrões e,
essa suposição nunca será uma realidade, um fato, posto que é impossível uma
sociedade composta apenas de meliantes e, na admissibilidade dessa hipótese,
haveria um processo de autodestruição sumaria, pois ninguem iria querer ficar
com o menor quinhão.
O Brasil tem conserto e ainda haverá um monumental
concerto, no qual o louvor será cantado em celebração aos bons costumes, a
honra, a honestidade, a verdade, a seriedade, independente da idade do cidadão.
Óbvio, ainda haverá algum ladrão e corrupto mas, será
numa quantidade ínfima, pois afinal o homem tem a sua fração do deslize. E assim,
teremos razões para comemorar e sem guardanapo na cabeça.
Lúcio Reis
Em 17/11/2016
Belém,Pa-Brasil
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