Moeda do Natal Brasileiro
Tudo se iniciou há mais de dois
mil anos, quando Ele se fez homem, Maria foi escolhida como mãe e, com seu
nascimento vieram as lições que deveriam ser seguidas pela humanidade, tal como
humildade principalmente e, simbolizada pelo berço na manjedoura.
Os milênios passam mas, pela divina
e grandiosidade do evento, o mundo cristão o celebra a cada ano e neste ano que
ora finda, não foi diferente também aqui entre nós brasileiros e em todas as
nossas regiões.
Os meios de comunicações e de
modo especial as redes sociais colocam ou transportam via selfies, domésticas
fotos ou filmagens os amigos, familiares e contatos reciprocamente para dentro
dos seus ambientes tomando e fazendo parte à mesa da ceia natalina ou no
ambiente que o clã escolheu à realizar sua confraternização e até mesmo se o
encontro ocorrer fora do País, como que, o abraçar seja facilitado no seu
concretizar, e o dividir lágrimas de emoções possam molhar a face osculada.
Há muito, portanto, é assim! Mas,
neste dezembro de 2017, houve a introdução de um componente que, pelo menos ao
meu Natal e portanto, escrevo na primeira pessoa e compatível com o meu estilo,
que é testemunhar do passar as festas de fim de ano, e este 25 de dezembro
especialmente, de alguns figurões da república atrás das grades, encarcerados,
cumprindo sentenças judiciais legais, por crimes cometidos ao longo de décadas,
realidade que se iniciou com as sentenças do mensalão.
Aqui posso citar a título de
ilustração: Paulo Maluf, Geddel Vieira, Eduardo Cunha, Sergio Cabral e tantos
outros que, enquanto inúmeras familias Brasil a fora, em pleno Natal perdiam
entes queridos em acidentes de trânsito em estradas em precárias condições de conservação ou em hospitais sem a mínima
estrutura de atendimento médico hospitalar, ou olhando para estradas ou
hospitais, cujas obras se iniciaram e foram paralisadas ante o brutal desvio de
verbas públicas e se tornaram inacabadas sem serventia e exemplo vivo de
desperdicio do erário mas que, enriquecendo a vida de agentes públicos, de
maneira especial aqueles que “conquistam” mandatos eletivos, como dito acima
Sergio Cabral e seus quadrilheiros que debochavam e tripudiavam sobre a dor do
brasileiro menos favorecido, celebrando a vitoria do desvio administrativo com
guardanapos na cabeça, como ramo de louro de vitória da corrupção sobre a miséria
do pobre contribuinte e usuário e, por isso inumeros iguais a ele e que pontuam
na politica em cada unidade da federação, hoje em função da Lava Jato, vislumbram
um Natal bem diferente dos que passaram até hoje.
Alguns poderão dizer ou exclamar!
Que coração duro! Humildemente cabe-me apenas lembrar que foi Jesus quem
expulsou os vendilhões do Templo na base do chicote e este, por certo não
aspergia água benta ou de colonia.
Os politicos malfeitores que
destroçaram a caminhada desta Nação e sua prosperidade e que inverteram e
quebraram a ordem legal, estão colhendo os frutos legais das
sementes ilegais que semearam nos anos passados e a cada mandato eletivo, com
deboche, mentiras e promessas vãs.
Por isso mesmo, basta observar nas redes sociais que
as fotos transmitem, mesmo que sentimento intrinsico ao subconsciente, alegria
e indisfarçável satisfação e contentamento eloquente
no seio familiar, que com o afastamento dessas pestes ou ervas daninhas do meio
social e politico, a sociedade brasileira poderá respirar ar mais puro, saudável
e cheio de esperanças e encontrar e ter o ambiente mais propicio às boas e
uteis realizações e menos cinismo, mesmo que milhares de trabalhadores ainda
amarguem o desemprego.
E não podemos fazer vista grossa que, os mesmos que
ainda não estão atrás das grades, mas que os processos tramitam, segundo o
noticiário, como Aécio Neves, Romero Jucá entre outros por exemplo, já ensaiam
seus retornos aos parlamentos, via urnas em 2018, quando buscarão a reeleição
e, será nessa oportunidade que poderemos, como brasileiros que amam o Brasil e
na condição de eleitores que somos, cooperar com a Justiça Nacional, não
reconduzindo-os à cadeira no parlamento ou no executivo e por consequência
retirar-lhe a prorrogativo de foro e lhes conduzir à companhia do Paulo Maluf.
Hoje podemos qualificar o Natal Brasileiro como uma
moeda, em cuja face está a alegria e satisfação do cidadão livre, sério e
honesto com seus familiares e na outra, a face crispada, a coluna curvada do politico
bandido, condenado e “celebrando” sua prisão pelos crimes cometidos há anos e
reiteradas vezes e na companhia dos meliantes de sua laia.
Lúcio Reis
Em Belém, Pa-Brasil 25/12/2017
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