A
Fórmula e a Contradição
Recentemente
quando a imprensa noticiou a opinião do Pelé, sugerindo que a corrupção, o
superfaturamento nas obras dos estádios a serem usados na copa de futebol que
se inicia amanhã dia 12/06/2014, emprego de dinheiro público, em fim todas as
sujeiras que normalmente ocorrem em nosso País e que, compõem entre outras a
fórmula que emperra o progresso desta Nação, alguns cidadãos se posicionaram
contrariamente e que, ao meu olhar é o correto este posicionar do povo. Ou
seja, crime não pode esperar para ser apuado e que haja a punição aos culpados,
pois não podemos e nem devemos esquecer que as prescrições são uma realidade no
nosso ordenamento jurídico.
Mesmo a
despeito de todas as lambanças já devidamente constatdas e noticiadas, quando
há o posicionamento de torcedores para que o Brasil não se sagre campeão,
aqueles que se postaram criticando a idéia ou a sugestão de apuração dos
delitos só nos pós copa, adjetivam o torcer contra como absurdo e naturalmente
questionam: tu não és brasileiro? E, ainda arrematam, já que a roubalheira
houve mesmo, agora é torcer pelo Brasil o que, para minha conclusão, soa como
absurda contradição, posto que, é como avalisar o desregramento.
Não é
novidade para ninguém que na fórmula brasileira, os itens que a compõem são:
carnaval, corrupção, feriados, desvio de conduta, jeitinho, campeonatos de
futebol estaduais, os cartolas enriquecendo com a mercadoria atletas de futebol
e entre outras mais, as copas de 4 em 4 anos e outras competições mais.
Circula
na internet os ganhos de atletas que comporão o selecionado brasileiro, sendo
que parcela considerável atua em times no exterior. Ora convenhamos, que estimulo
um atleta pode ter para se esforçar, com um ganho mensal de dois milhões e, nem
vou falar daquele que ganha cinco milhões, pois a principio está em inicio de
carreira e com pouca idade. Ou seja, é ou não é um comércio como outro
qualquer?
Como
parte dessa formula, entra o perigoso componente torcidas organizadas,
infiltradas por assassinos e até mesmo por desmiolados capazes de arrancar
vasos sanitários de WC e arremessa-los contra outros torcedores, matando-os ou
ferindo gravemente. Ou seja, quem participa e estimula o futebol na dimensão em
que ocorre aqui, é conivente e incentivador de atos dessa natureza, pois se o
futebol não receber e nem for visto pela dimensão que hoje lhe é dada, os
ânimos e a relevância que se lhe é empregada o colocarão no patamar da
normalidade. É resultado utópico? É! Por enquanto, pois o homem só andou sobre
dois pés e ereto depois de muitos anos.
Ainda
inerente ao futebol, há uma máxima que diz: em time que está ganhando, não se
mexe! Aqui reitero essa teoria, no entanto, o time da cidadania há muito só
perde e apenas quem ganha de lavagem são os autores dos desmandos e ato
condenados, ou seja, aqueles que se calam ante a corrupção. Acho que parece
bizarro ao olhar, testemunhar o torcedor chegar todo arrebentado num pronto
socorro, vestindo uma camisa da seleção com propagandas comerciais, como um out
door ambulante e morrer deitado no chão do corredor por falta de atendimentro
digno e até mesmo de medicamento. Dirão: é questão de valores! E eu direi:
concordo, para mim a vida tem mais valor!.
Usando a
lógica e um pouco de discernimento, entendo que é chegada a hora da sociedade
acordar, principalmente as cabeças que tem a seu dispor veículos de comunicação
e são formadores de opinião, para deixarem de compor na opinião da massa e que,
em resumo, segue o que decretou a Marta Suplicy: relaxa e goza!
Caso
pretendamos dispor no futuro de um País melhor para as futuras gerações, não
sobra dúvida de que a atual formula e as contradições de hoje, apenas somam e
colaboram a que marquemos passos no mesmo lugar, como já ocorre há décadas.
Essa
formula oferta-nos uma política de imoralidades e avassaladora corrupção, posto
que o povo anestesiado por ritos e fórmulas manjadas ou viciadas, não mede conseqüências
e se torna vitima agora e a longo prazo, de seus próprios atos inconsequentes,
posto que os espertalhões de plantão estão sempre de olhos nos anestesiados, marionetes ou bonecos de ventrílocus.
Lúcio
Reis
Belém,
Pa, em 11/06/14
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