Caso haja derrota!
Lá atrás sob Pôncio Pilatos,
a massa se posicionou, o Cristo condenou!
Ele o Rei dos Judeus, cometeu
algum crime? Não! Mas os ladrões, por certo que sim.
Não obstante a decisão da
turba, o outro procedimento que a história narra é a omissão de Pilatos,
lavando as mãos naquele julgamento e que, como Sagrada Lição, repercuti para
toda a humanidade até nossos dias e mais adiante repercutirá e mesmo assim,
parcela considerável da sociedade não assimilou o que aquela passagem quis
orientar, mesmo que muitos frequentem templos e desfilem por aí com a Biblia
Sagrada na mão.
Mas, o pecado pela omissão
que lá houve, quando Pilatos lava as mãos, ainda hoje em nosso meio social, ela
ocorre e amiúde e que, no campo da segurança pública recebe o carimbo de
“lei do silêncio” com as respostas: não ouviu e nada viu, não sei de nada e,
com essa omissão a criminalidade avança e ganha força e quem sabe, logo
adiante, aquele que se omitiu poderá também tombar como a próxima vitima.
Mas que ninguém entenda ou
acredite que, esse comportamento só prospera nos meios sociais dos subúrbios.
Não! Ele existe e se concretiza também nos ambientes adjetivados como que, “dos
bacanas”, alto nível e, em escala maior do que se pode imaginar, pois se crimes
são cometidos em áreas humildes, eles também o são em ambientes ditos e
propalados como familiares e que, induz famílias a crerem que ali estarão
seguras e livres de agressões.
A diferença é que, os fatos
ocorridos nas periferias abastecem páginas policiais de jornais e de outros veículos
de comunicação – alguns específicos em divulgar a criminalidade e a violência imperante - , enquanto no
outro meio, buscam trâmite em segredo de justiça e quase sempre não são e nem
se tornam manchetes e matérias jornalísticas.
Porém, no pior da realidade é
quando a vitima, inicialmente acredita que frequentava e estava no meio de
pessoas amigas, leais, coerentes, sérias e responsáveis e, na hora crucial,
vê-se como um barco a deriva no mar da decepção e no qual, os falsos e covardes
amigos quebraram os remos, furaram o casco do barco com o recusar a testemunhar
sobre fato visto e romperam – rasgaram - as velas com as evasivas e versões mais esfarrapadas e a, abandonarem - a vitima - à própria sorte.
Por isso ou até por isso,
hoje temos e vivemos em duas sociedades: a virtual e a real, sendo que naquela
cada um, alguns ou muitos, encarna uma santidade de pureza e bons feitos e nesta, a realidade da
falsidade e da saída pela tangente.
Mas é compreensível, não
aceitável, o ser humano ser assim e assim o será e, quem cultiva parâmetros de
dignidade e respeito, principalmente o auto respeito, torna-se peixe fora do
aquário e até mesmo incompatível com a realidade da sociedade.
Por isso, caso haja derrota,
houve o bom combate e com as armas da verdade, com a dignidade do exercer a
cidadania e que, mesmo usando os instrumentos da legalidade e as armas da
responsabilidade, há que receber de cabeça erguida a sentença, sabendo e tendo
absoluta convicção que depois a luz da verdade brilhará, como sempre o foi
também.
Lúcio Reis
Em 10/04/15.
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