terça-feira, 21 de abril de 2015

Caso haja derrota!
Lá atrás sob Pôncio Pilatos, a massa se posicionou, o Cristo condenou!
Ele o Rei dos Judeus, cometeu algum crime? Não! Mas os ladrões, por certo que sim.
Não obstante a decisão da turba, o outro procedimento que a história narra é a omissão de Pilatos, lavando as mãos naquele julgamento e que, como Sagrada Lição, repercuti para toda a humanidade até nossos dias e mais adiante repercutirá e mesmo assim, parcela considerável da sociedade não assimilou o que aquela passagem quis orientar, mesmo que muitos frequentem templos e desfilem por aí com a Biblia Sagrada na mão.
Mas, o pecado pela omissão que lá houve, quando Pilatos lava as mãos, ainda hoje em nosso meio social, ela ocorre e amiúde e que, no campo  da segurança pública recebe o carimbo de “lei do silêncio” com as respostas: não ouviu e nada viu, não sei de nada e, com essa omissão a criminalidade avança e ganha força e quem sabe, logo adiante, aquele que se omitiu poderá também  tombar como a próxima vitima.
Mas que ninguém entenda ou acredite que, esse comportamento só prospera nos meios sociais dos subúrbios. Não! Ele existe e se concretiza também nos ambientes adjetivados como que, “dos bacanas”, alto nível e, em escala maior do que se pode imaginar, pois se crimes são cometidos em áreas humildes, eles também o são em ambientes ditos e propalados como familiares e que, induz famílias a crerem que ali estarão seguras e livres de agressões.
A diferença é que, os fatos ocorridos nas periferias abastecem páginas policiais de jornais e de outros veículos de comunicação – alguns específicos em divulgar a criminalidade e a violência imperante - , enquanto no outro meio, buscam trâmite em segredo de justiça e quase sempre não são e nem se tornam  manchetes e matérias  jornalísticas.
Porém, no pior da realidade é quando a vitima, inicialmente acredita que frequentava e estava no meio de pessoas amigas, leais, coerentes, sérias e responsáveis e, na hora crucial, vê-se como um barco a deriva no mar da decepção e no qual, os falsos e covardes amigos quebraram os remos, furaram o casco do barco com o recusar a testemunhar sobre fato visto e romperam – rasgaram -  as velas com as evasivas e versões mais esfarrapadas e a, abandonarem - a vitima - à própria sorte.
Por isso ou até por isso, hoje temos e vivemos em duas sociedades: a virtual e a real, sendo que naquela cada um, alguns ou muitos, encarna uma santidade de pureza e bons feitos e nesta, a realidade da falsidade e da saída pela tangente.
Mas é compreensível, não aceitável, o ser humano ser assim e assim o será e, quem cultiva parâmetros de dignidade e respeito, principalmente o auto respeito, torna-se peixe fora do aquário e até mesmo incompatível com a realidade da sociedade.
Por isso, caso haja derrota, houve o bom combate e com as armas da verdade, com a dignidade do exercer a cidadania e que, mesmo usando os instrumentos da legalidade e as armas da responsabilidade, há que receber de cabeça erguida a sentença, sabendo e tendo absoluta convicção que depois a luz da verdade brilhará, como sempre o foi também.
Lúcio Reis
Em 10/04/15.



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