Cidadão x Saúde Pública
Novidade alguma é, para qualquer cidadão que a saúde pública
ofertada à nossa sociedade é de qualidade péssima e que, mais mata do que sara,
apesar de que no símbolo da medicina – mais precisamente em relação a esta Nação
– já implícito está, pois são duas cobras enroscadas numa espada e que, segundo
as más línguas ou os espirituosos e jocosos, tem a seguinte leitura: se cura,
cobra! Se mata, cobra e se nem curar e nem matar, a espada espeta!
Ressalvando o lado jocoso, havemos de convir que no aspecto saúde pública, o binômio cidadão
e estado se complementam como porca e parafuso em procedimentos para que a
indecente realidade venha de muitos anos e por outros mais, entre nós
permanecerá.
Podemos enumerar infindável rol de exemplos, disponíveis
diariamente em qualquer cidade brasileira. Mas, citarei apenas alguns
testemunhados e que podem ser constatados ou foram vistos por quem por lá passou, passa ou passará, pois
eles estão expostos na vitrine da via pública e assim, qualquer transeunte terá
condições de comprovar o que se registrará.
Av Romulo Maiorana, perímetro entre as Trav Mariz e Barros e Trv
Timbó, paralelo ao muro da faculdade: moradores da área, ali depositaram ou
deixaram depositar entulhos de reforma de algum imóvel. A coleta foi realizada
mas, dois ou três dias depois, lá estava mais entulho propiciando ambiente para
roedores, insetos e etc... E quem colocou o lixo ali? Óbvio foi o cidadão. E
este depois, hospitalizado se queixará do estado.
Ali próximo mesmo, na esquina da Timbó e também na esquina da
Mariz e Barros com a Romulo Maiorana, há dois lava jatos em plena via pública – uma ainda
faz propaganda de seu comercio com uma faixa exposta – e, adivinha de onde vem
a água tratada, para a lavagem dos carros de mais de 30 mil reais e, portanto,
de pseudos classe social alta mas que, aqueles proprietários com o uso daquele
serviço, passar a ser participe e conivente com o desvio de bem público – a água tratada -, pois paga pelo serviço valor irrisório e contribui para que a sujeira de sua
condução seja deixada na via pública.
Ainda como mostra dessa real situação e está a mostra no
ambiente público, há um vendedor de caldo de cana e outro de coco verde, na
esquina da Perebebuí com a Av Romulo Maiorana e ambos armazenam os cocos e as
canas de açúcar dentro da área física da COSANPA, no espaço contíguo ao muro e
a disposição de tudo e qualquer agente nocivo e transmissor de doenças e, na
atualidade o vilão aedes aegypti e o mais constante e manjado, o rato e sua
urina para transmissão da leptospirose.
Até aí nada haveria, a principio, a ser registrado, caso ao
retirarem o produto a ser comercializado ao público, sofresse um processo de
limpeza e higienização para reduzir o risco de contaminar o consumidor.
O mais grave dos dois é o vendedor do caldo de cana, que retira
a cana do ambiente de depósito rés ao chão, dá dois golpes com uma faca, em cada
extremidade da cana, uma raspada no sentido longitudinal e a vara está pronta a
ser espremida e daí direto para o organismo que ingerir aquela garapa com tudo
o que possa nela estar.
E então vêem os questionamentos: nenhum órgão público de saúde
ainda não viu essas irregularidades? E se vier a tomar, por certo evitará que o
cidadão venha a adoecer e busque uma unidade pública de saúde e que, por sua
vez, já é um atentado a segurança sadia da pessoa.
Somos por certo uma sociedade que se conduz e se comporta para
provocar mal a si e depois, busca um bode expiatório a justificar ou pagar por
sua irresponsabilidade e falta de educação.
A prevenção ainda é a melhor saúde pública a ser realizada em consonância
com a educação desde os primeiros dias de vida do cidadão.
Lúcio Reis
Belém, Pa, em 12/12/2015.
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