quinta-feira, 8 de novembro de 2018


Mera Semelhança?!

Naquela larga, comprida e iluminada avenida, havia uma vila com algumas residências familiares e, as casas de número 13 e 17, eram as que mais despertavam interesse e a atenção, sendo que a primeira estava construída no inicio, na entrada e a segunda foi erguida na parte final da vila.
Ambas abrigavam famílias numerosas e tinham cada uma e em comum um jovem e ambos tinham olhos e interesse em manter uma relação com a bela jovem que morava num palácio que se destacava  numa praça naquele mesmo bairro.
Partiram para a paquera e por alguns meses, cada qual dirigia seus galanteios à pretendida ou então, cada um tentava mostrar algo negativo sobre o outro. Em alguns momentos a situação ficou critica que arma branca foi usada.
Porém, a jovem optou por aceitar as promessas do parquerador da casa 17, - este o ferido em praça pública - o que, por óbvio, deixou o pretendente da casa 13 muito chateado e seus familiares mais indignados, pois como a pretendida tem um bom dote e, aquela turma estava acostumada com mordomias e vida fácil, perceberam que as benesses cessarão.
O casamento fora marcado para o inicio do ano, alguns meses após a aceitação da paquera e, os preparativos para a festa foram iniciados e no período da execução dos mesmos, muitas fofocas, disse me disse, mi mi mi e nhem nhem nhem foram surgindo entre os moradores da vila e envolviam os convidados a serem testemunhas e até mesmo os padrinhos do enlace. Um desesperado comportamento e até mesmo preocupante.
Mas, todo e qualquer passo ou convite expedido para a grande cerimonia, tem sido razão de mexer, cutucar e chacoalhar os brios, os ânimos e gerar indignação na  família da moradia 13 e que, como moradores na primeira casa, dia e noite estão com as janelas entre abertas, espreitando e vigiando quem entra, quem sai da vila e principalmente quem toca a campainha da casa 17 e assim, soltar as malidicências.
Pelo que eles conversam com os demais vizinhos, estão de mãos dadas em sintonia com todas as forças sinistras e negativas, vibrando para o casamento vá por água abaixo, que chova torrencialmente, pois segundo uma antiga moradora da vila, ela dizia que a noiva comeu baião de dois na panela e assim decretou chover no dia de suas núpcias.
Imaginem que houve uma reunião num casarão daquela comprida avenida e os moradores do mesmo, deliberaram em ofertar um belo presente aos domiciliados de um outro palacete  vizinho e, a família da casa 13 por alguma razão desconhecida atribuiu como séria culpa ou participação do nubente da casa 17 ao feito, e que,  foi entendido por muitos como incabível e inoportuno, posto que,ele sequer poderia intervir para sim ou para não.
O pretendente da casa 13, quando buscava conquistar a mão da jovem, chegou a lhe dizer que iria conseguir GLP para o cozer dos alimentos da família a custo de R$49,00 e outras promessas que todos concluíram serem impossíveis de serem cumpridas e portanto, se configurava como enganação sem noção.
Além das promessas impossíveis o pessoal da vila também descobriu que o jovem da casa 13 tinha amizade com pessoas não muito recomendáveis em termos de comportamento  e até mesmo na própria família dele, alguns eram presidiários e outros estão com um dos pés dentro de cadeias, posto que processos judiciais estão tramitando.
Naquela vila, é verdade, havia moradores que se davam bem com o pessoal da casa 13 e havia outras que também gostavam dos habitantes da 17, sendo que estes eram em maior quantidade e aprovaram o noivado com a bela jovem.
O jovem da casa 17 tenta apaziguar as relações que ficaram azedas, mas, o pessoal da 13 quer vê-lo tropeçar na cauda do vestido da noiva e cair de nariz no chão, pois não digeriram a escolha da jovem.
Por outro lado a vizinhança, está receiosa pois as amizades do pessoal da 13, não é adepta da ordem e do respeito e gosta muito de quebrar a vidraça das casas vizinhas e, entende-se até que, por esse tipo de comportamento a jovem escolheu os galanteios do rapaz da 17 que, apesar de falar verdades duras não concorda com os quebra quebra, destruir e incendiar do pessoal da casa  13.
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 08/11/18

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