Mera Semelhança?!
Naquela larga, comprida e iluminada avenida,
havia uma vila com algumas residências familiares e, as casas de número 13 e
17, eram as que mais despertavam interesse e a atenção, sendo que a primeira
estava construída no inicio, na entrada e a segunda foi erguida na parte final
da vila.
Ambas abrigavam famílias numerosas e tinham
cada uma e em comum um jovem e ambos tinham olhos e interesse em manter uma
relação com a bela jovem que morava num palácio que se destacava numa praça naquele mesmo bairro.
Partiram para a paquera e por alguns meses,
cada qual dirigia seus galanteios à pretendida ou então, cada um tentava
mostrar algo negativo sobre o outro. Em alguns momentos a situação ficou
critica que arma branca foi usada.
Porém, a jovem optou por aceitar as promessas
do parquerador da casa 17, - este o ferido em praça pública - o que, por óbvio,
deixou o pretendente da casa 13 muito chateado e seus familiares mais
indignados, pois como a pretendida tem um bom dote e, aquela turma estava acostumada
com mordomias e vida fácil, perceberam que as benesses cessarão.
O casamento fora marcado para o inicio do ano,
alguns meses após a aceitação da paquera e, os preparativos para a festa foram
iniciados e no período da execução dos mesmos, muitas fofocas, disse me disse,
mi mi mi e nhem nhem nhem foram surgindo entre os moradores da vila e envolviam
os convidados a serem testemunhas e até mesmo os padrinhos do enlace. Um
desesperado comportamento e até mesmo preocupante.
Mas, todo e qualquer passo ou convite expedido
para a grande cerimonia, tem sido razão de mexer, cutucar e chacoalhar os
brios, os ânimos e gerar indignação na
família da moradia 13 e que, como moradores na primeira casa, dia e
noite estão com as janelas entre abertas, espreitando e vigiando quem entra,
quem sai da vila e principalmente quem toca a campainha da casa 17 e assim,
soltar as malidicências.
Pelo que eles conversam com os demais
vizinhos, estão de mãos dadas em sintonia com todas as forças sinistras e
negativas, vibrando para o casamento vá por água abaixo, que chova
torrencialmente, pois segundo uma antiga moradora da vila, ela dizia que a
noiva comeu baião de dois na panela e assim decretou chover no dia de suas núpcias.
Imaginem que houve uma reunião num casarão daquela
comprida avenida e os moradores do mesmo, deliberaram em ofertar um belo
presente aos domiciliados de um outro palacete vizinho e, a família da casa 13 por alguma razão
desconhecida atribuiu como séria culpa ou participação do nubente da casa 17 ao
feito, e que, foi entendido por muitos
como incabível e inoportuno, posto que,ele sequer poderia intervir para sim ou
para não.
O pretendente da casa 13, quando buscava
conquistar a mão da jovem, chegou a lhe dizer que iria conseguir GLP para o
cozer dos alimentos da família a custo de R$49,00 e outras promessas que todos concluíram
serem impossíveis de serem cumpridas e portanto, se configurava como enganação
sem noção.
Além das promessas impossíveis o pessoal da
vila também descobriu que o jovem da casa 13 tinha amizade com pessoas não
muito recomendáveis em termos de comportamento
e até mesmo na própria família dele, alguns eram presidiários e outros
estão com um dos pés dentro de cadeias, posto que processos judiciais estão
tramitando.
Naquela vila, é verdade, havia moradores que
se davam bem com o pessoal da casa 13 e havia outras que também gostavam dos habitantes
da 17, sendo que estes eram em maior quantidade e aprovaram o noivado com a bela
jovem.
O jovem da casa 17 tenta apaziguar as relações
que ficaram azedas, mas, o pessoal da 13 quer vê-lo tropeçar na cauda do
vestido da noiva e cair de nariz no chão, pois não digeriram a escolha da
jovem.
Por outro lado a vizinhança, está receiosa
pois as amizades do pessoal da 13, não é adepta da ordem e do respeito e gosta
muito de quebrar a vidraça das casas vizinhas e, entende-se até que, por esse
tipo de comportamento a jovem escolheu os galanteios do rapaz da 17 que, apesar
de falar verdades duras não concorda com os quebra quebra, destruir e incendiar
do pessoal da casa 13.
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 08/11/18
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário