segunda-feira, 26 de novembro de 2018


O Voto do Brasileiro


A nossa democracia, mesmo que trôpega ou capenga, permiti que todos, independente de sua linha politica e nível de conhecimento, se expressem e por meio das redes sociais joguem aos quatro ventos e registrem seus posicionamentos, conclusões por mais absurdas e contraditórias que sejam, usando o linguajar que sua capacidade e nível dispuser sem que, até, haja o zêlo em saber a razão do que está postando, pois em muitos casos, seguem o jarguão do “maria vai com as outras” e bradam os mantras que lhe incutiram na mente.

Passada a temporada da campanha eleitoral, a mais repleta de nuances possíveis  e estúpidas, cujo ápice foi o esfaqueamento em praça pública do hoje Presidente eleito Jair Bolsonaro e que, mesmo a despeito de ser fato consumado, os que não votaram nele, não desceram do palanque e agora viram suas birutas para a composição do ministério a ser empossado e assumir a partir de 01 de janeiro vindouro, com reações que não levam a lugar algum e que, sequer os fazem lembrar que a Presidente Dilma fez substituições em seu ministério, tendo em vista que muitos foram puxados pelos tentáculos judiciais.

As ofensas pessoais ao Presidente eleito não cessam e saem do campo politico partidário e atingem-no pessoalmente e com ofensas de baixo calão e mais apropriadas aos cidadãos que ignoram os princípios básicos do respeito e da boa convivência social, lições  que são ministradas no seio familiar e, apesar de que os detratores são também pessoas que já ultrapassaram os portões acadêmicos e que, a principio, sem banco escolar não atuam em atividades humildes e nem são pedintes em alguma esquina urbana e sabem que b+a é ba e portanto, a realidade passa a ter feição mais séria do que se pensa ou percebe, tendo em vista que descem aos porões das quinquilharias produzidas por mentes que vagam entre dejetos de mamíferos da ordem Chiroptera.

Sem dúvida o comportamento do eleitor brasileiro, aparentemente evoluiu mas, essa evolução não se configura pelo saber escolher e respeitar o resultado que as urnas mostram, se este não contemplou seu sufrágio opcional mas, pelo fato de que a urna eletrônica não permite, não possibilita mais votar num rinoceronte ou num gorila (tião), posto que hoje, século XXI pessoas usam as redes sociais para ameaçar a integridade física do eleito, adjetivando-no com título depreciativo e ofensivos e essas mesmas pessoas se arrogam o direito de serem tratadas com respeito. Ou seja, entendem e demonstram que só seus bandidos, corruptos de estimação é que devem permanecer atuando nos poderes e destruindo o País.

Mas é compreensível esse comportamento e entendesse, mas  não é aceitável e por isso discorda-se, posto que nesses últimos anos, um pouco mais de uma década, a bandidagem deu as cartas nos poderes da República e, com a caída de um a um e da prisão do cacique da turba, esta sem rumo e perdida no turbilhão de interrogações, atira pérolas colhidas  no lodaçal dos maus e mais condenáveis comportamentos a torto e a direita. Mas, com o tempo vai passar.

O voto do brasileiro não sufraga mais animais de zoológico ou indígenas, como foi o caso do índio Juruna e seu gravador mas, sua reação em relação ao resultado ainda remonta ao tempo das cavernas.
Lúcio Reis
Escritor, poeta (ou simplesmente cidadão brasileiro que tem opinião própria e não segue mantra nenhum e nem se entende ou pensa ser intelectual e nem tem ficha em partido)
Em 26/11/2018 – Belém do Pará-Brasil
    



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