O Voto do Brasileiro
A nossa democracia, mesmo que trôpega ou
capenga, permiti que todos, independente de sua linha politica e nível de
conhecimento, se expressem e por meio das redes sociais joguem aos quatro ventos
e registrem seus posicionamentos, conclusões por mais absurdas e contraditórias
que sejam, usando o linguajar que sua capacidade e nível dispuser sem que, até,
haja o zêlo em saber a razão do que está postando, pois em muitos casos, seguem
o jarguão do “maria vai com as outras” e bradam os mantras que lhe incutiram na
mente.
Passada a temporada da campanha eleitoral, a
mais repleta de nuances possíveis e
estúpidas, cujo ápice foi o esfaqueamento em praça pública do hoje Presidente
eleito Jair Bolsonaro e que, mesmo a despeito de ser fato consumado, os que não
votaram nele, não desceram do palanque e agora viram suas birutas para a
composição do ministério a ser empossado e assumir a partir de 01 de janeiro
vindouro, com reações que não levam a lugar algum e que, sequer os fazem
lembrar que a Presidente Dilma fez substituições em seu ministério, tendo em
vista que muitos foram puxados pelos tentáculos judiciais.
As ofensas pessoais ao Presidente eleito não
cessam e saem do campo politico partidário e atingem-no pessoalmente e com
ofensas de baixo calão e mais apropriadas aos cidadãos que ignoram os princípios
básicos do respeito e da boa convivência social, lições que são ministradas no seio familiar e, apesar
de que os detratores são também pessoas que já ultrapassaram os portões
acadêmicos e que, a principio, sem banco escolar não atuam em atividades
humildes e nem são pedintes em alguma esquina urbana e sabem que b+a é ba e
portanto, a realidade passa a ter feição mais séria do que se pensa ou percebe,
tendo em vista que descem aos porões das quinquilharias produzidas por mentes
que vagam entre dejetos de mamíferos da ordem Chiroptera.
Sem dúvida o comportamento do eleitor
brasileiro, aparentemente evoluiu mas, essa evolução não se configura pelo saber
escolher e respeitar o resultado que as urnas mostram, se este não contemplou seu
sufrágio opcional mas, pelo fato de que a urna eletrônica não permite, não
possibilita mais votar num rinoceronte ou num gorila (tião), posto que hoje,
século XXI pessoas usam as redes sociais para ameaçar a integridade física do
eleito, adjetivando-no com título depreciativo e ofensivos e essas mesmas
pessoas se arrogam o direito de serem tratadas com respeito. Ou seja, entendem
e demonstram que só seus bandidos, corruptos de estimação é que devem permanecer
atuando nos poderes e destruindo o País.
Mas é compreensível esse comportamento e entendesse,
mas não é aceitável e por isso discorda-se,
posto que nesses últimos anos, um pouco mais de uma década, a bandidagem deu as
cartas nos poderes da República e, com a caída de um a um e da prisão do
cacique da turba, esta sem rumo e perdida no turbilhão de interrogações, atira
pérolas colhidas no lodaçal dos maus e
mais condenáveis comportamentos a torto e a direita. Mas, com o tempo vai passar.
O voto do brasileiro não sufraga mais animais
de zoológico ou indígenas, como foi o caso do índio Juruna e seu gravador mas,
sua reação em relação ao resultado ainda remonta ao tempo das cavernas.
Lúcio Reis
Escritor, poeta (ou simplesmente cidadão
brasileiro que tem opinião própria e não segue mantra nenhum e nem se entende ou
pensa ser intelectual e nem tem ficha em partido)
Em 26/11/2018 – Belém do Pará-Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário