Balcão de Comércio e Negócio de Chuteira
Em determinado momento há
anos, em algumas crônicas que escrevi, registrei a frase: atravessaram no meio
do gramado de futebol um grande e rendoso balcão de negócios – e esta sentença
não foi criada por mim mas, ouvi de um interlocutor.
Pois bem! De lá para cá o
futebol também passou a ser manchete nas páginas policiais e judiciais e os
atores ativos e passivos das grandes negociatas e corrupção, além de não
recolhimento de encargos sociais e trabalhistas, têm seus nomes em capas de
processos.
O Sr Marin preso em seu
domicilio lá fora é um ator desses crimes. Outros já envolvidos com o futebol
aqui e negócios com entidades ligadas ao tema, se colocarem os pés fora do
Brasil, serão algemados e presos, pois como cartolas e dirigentes foram
participes de quadrilhas e a custa de chuteiras enriqueceram ilegalmente e têm
contra si sentenças condenatórias de prisão.
Por outro lado a
supervalorização do atleta e sua performance como garoto propaganda de algum
produto comercial e, sobre o qual nem precisa falar uma silaba, pois seu
curriculum escolar não lhe oferece essa condição, também aviva, estimula o
sentimento de posse e bom vivan na cabeça do jovem sem formação escolar, membro
de família humilde mas com habilidade com a bola e que, se torna também fonte
de geração de impostos, os quais em sua maioria são sonegados.
Hoje o Brasil e o mundo
repercute e lamenta a morte de 10 jovens atletas queimados e 3 feridos no
Centro de Treinamento do Flamengo, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Como já
informado há outros CT em iguais condições.
O Brasil, parentes e amigos
dos jovens lamentam de verdade a perda de vidas e o interromper de futuros. No
entanto, o clube e seus cartolas, possivelmente lamentam a perda de mercadoria
no estoque e cujo deposito ou armazenamento incompatível “soçobrou” ao fogo e
tornou irrecuperável a mercadoria.
A exemplo de outras
tragedias, vamos ouvir e o ver as autoridades falarem de vistorias e de um
rosário de desculpas que são mera cantilena para boi dormir, pois entre
fiscalizar, encontrar irregularidades e tomar decisiva providencia em fechar,
interditar ou ação que o valha, estas últimas sempre ficam para depois, até que
a desgraça se abate e ceife vidas.
Em nosso País é assim e
há anos. A impunidade é a locomotiva dessas realidades, pois é bom lembrar
também, que em muitas situações os procedimentos são concretizados mas, não
faltará um recurso e uma decisão judicial à mandar abrir, funcionar, soltar e
assim de tragedia em tragedia a gente vai levando e o balcão sempre tendo
alguem de um e do outro lado e uma massa de tolos se matando em via pública a
paulada, por que uns torcem pelo time A e outros pelo time B.
Lúcio Reis
Belém do Pará-Brasil em 09/02/19.
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